A fornecedora de autopeças alemã Robert Bosch foi acusada de conspirar com a Volkswagen para fraudar os padrões de emissões de diesel de ao menos 11 milhões de veículos ao redor do mundo em uma ação coletiva movida no fim da segunda-feira.
A ação movida por um proprietário de veículo a diesel de Nova York na Corte Distrital em Detroit, nos Estados Unidos, cita a Bosch – maior fornecedora de autopeças do mundo e que tem uma fábrica em Curitiba – junto com a Volkswagen e seu ex-presidente-executivo Martin Winterkorn e seu presidente nos EUA, Michael Horn.
“O esquema fraudulento da Volkswagen foi facilitado e encorajado pela Bosch, que criou o software utilizado no dispositivo da Volkswagen”, diz o processo de 56 páginas, que acusa as partes de violarem leis civis de extorsão e de fraude do consumidor.
A Bosch fabricava componentes-chave do motor a diesel usado nos seis modelos da Volkswagen e em um modelo da Audi que a montadora admitiu terem sido equipados para fraudar os testes de emissões.
A investigação da Bosch está em seus primeiros estágios e não há indicação de que os promotores norte-americanos tenham encontrado evidências de conduta ilegal da companhia, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
Uma porta-voz da Bosch nos EUA se recusou a fazer um comentário imediato sobre o processo. A Bosch anteriormente já havia se recusado a comentar a investigação.
A Bosch ainda encara ações coletivas similares em Atlanta, Chicago, Cincinnati, Alabama e em Alexandria, no Estado da Virginia.
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