Depois de abrir três unidades de negócios em apenas oito meses, o Grupo Boticário quer agora se concentrar em expandir os negócios já existentes e manter a taxa de crescimento de 20% ao ano. "Vamos consolidar as operações que lançamos nos dois últimos anos. Não há planos de novas unidades de negócios", diz o presidente do grupo, Artur Grynbaum.
Somente neste ano surgiram a Skingen Inteligência Genética, com foco em cuidados da pele, a quem disse, Berenice?, voltada principalmente para maquiagem, e a The Beauty Box, loja multimarcas de perfumes e cosméticos. O executivo rebate críticas de analistas de mercado que dizem que o grupo estaria indo "rápido demais", com o lançamento de novas marcas. "Estamos tomando cuidado para não perder o foco", afirma.
Grynbaum diz que a intenção é aproveitar o potencial de crescimento de consumo de perfumes e cosméticos no Brasil, mas admite que a estratégia também é uma forma de marcar território em um mercado que vem atraindo cada vez mais competidores, nacionais e internacionais. O Brasil é o terceiro maior mercado do setor, mas, para Grynbaum, caminha rapidamente para se transformar no segundo até 2014.
O grupo, que completou 35 anos em 2012, tem 90% das receitas provenientes da rede de lojas franqueadas da marca O Boticário. A previsão para este ano é que a rede de franquias atinja R$ 6,7 bilhões em receita. A fábrica deve faturar R$ 2,4 bilhões.
O plano de diversificação começou a ser desenhado em 2010, quando O Boticário resolveu criar uma holding. O primeiro filhote veio em 2011 com o lançamento da Eudora, que tem operação multicanal: venda direta, em loja e pela internet. Em seguida, o grupo adquiriu participação minoritária na Skalina, das marcas Scala e Trifil, e neste ano apostou nas três novas unidades.
Para 2013, entre os planos do grupo estão dobrar o número de consultoras da marca Eudora e abrir as primeiras lojas curitibanas da The Beauty Box e da quem disse, Berenice? Hoje essas operações estão concentradas em São Paulo.
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