Boticário vai investir R$ 115 milhões no Paraná

O grupo Boticário, dono das marcas O Boticário, Eudora, Skingen Inteligência Genética e Quem disse, Berenice?, vai criar um centro de pesquisa e inovação e ampliar em 12,5% a capacidade de produção da fábrica de São José dos Pinhais, na região de Curitiba.

Os investimentos nos dois projetos somam R$ 115 milhões e fazem parte de um pacote de R$ 650 milhões que serão investidos em 2012.

A maior parte – R$ 535 milhões - vai para a construção da fábrica de Camaçari e o centro de distribuição em São Gonçalo dos Campos, na Bahia, que devem ficar prontos no fim de 2013.

O grupo revisou para cima os investimentos, divulgados inicialmente em R$ 500 milhões nesse ano. "Vamos investir mais nas duas operações", disse Artur Grynbaum, presidente do grupo. A intenção é manter a taxa de crescimento anual de 20% nos próximos anos. Com a ampliação, a capacidade de produção da empresa aumentará em 50% e passa a fazer frente aos novos negócios do grupo, dentre eles a caçula Quem disse, Berenice?, que tem foco principalmente em maquiagem. Lançada há duas semanas, as lojas da marca foram abertas inicialmente em shoppings populares de São Paulo. Serão sete unidades em 2012 naquele estado. A previsão, segundo Artur Grynbaum, é expandir para outras praças a partir do próximo ano.

O grupo vem apostando na diversificação de negócios. No ano passado lançou a marca Eudora, anunciou a compra de participação na fabricante de moda íntima Scalina e, mais recentemente, criou a Skingen Inteligência Genética, que atua no segmento de cuidados terapêuticos da pele, e a Quem disse, Berenice?. Grynbaum diz que com essa última a empresa encerra o lançamento de novas marcas nesse ano, mas não estão descartadas aquisições no mercado. "Estamos atentos a oportunidades" , diz.

Com investimentos de R$ 85 milhões, a fábrica de São José dos Pinhais terá capacidade de produção de maquiagem duplicada, chegando a 75 milhões de itens/ano. Ao todo, incluindo os itens de perfumaria e cuidados pessoais, o potencial passará de 280 milhões para 315 milhões de itens por ano. O centro de pesquisa e inovação, que terá 8 mil metros quadrados, deve absorver outros R$ 30 milhões e a intenção, segundo Grynbaum, é fazer dessa iniciativa referência do setor no país.