A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em leve queda e opera aos 44.812 pontos, com perda de 0,18%. O dia promete ser fraco, sem a divulgação de indicadores relevantes no cenário internacional. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA (índice oficial de inflação) ficou em 0,44% em janeiro, um pouco abaixo das expectativas.
O dólar continua a trajetória de alta: sobe 0,33%, a R$ 2,1010, depois de fechar quase estável no dia anterior, a R$ 2,094. O risco-país caía 0,54%, a 183 pontos básicos. No mercado de juros futuros, os contratos referenciados em Depósitos Interfinanceiros projetava taxa de 12,220% ao ano, com desvalorização de 0,02 ponto percentual.
Segundo o operador de câmbio da Arkhe Capital, José Goes, a tendência é de manutenção ou leve queda da cotação atual, já que muitos investidores estrangeiros que estavam comprados na moeda estão zerando sua posição.
- O dólar deu uma exagerada na queda nos últimos dias. Os fundamentos da economia estão bons há algum tempo e isso fez com que houvesse um forte fluxo de entrada de capital estrangeiro no país, pressionando ainda mais a moeda para baixo - explica.
No entanto, diante de críticas do minsitro do Trabalho, Luiz Marinho, e do presidente do PT, Ricardo Berzoini, à política monetária do BC, o mercado preferiu zerar sua posição, diz.
Goes, no entanto, acredita que o Banco Central não permitirá que a cotação caia muito abaixo do nível atual, mesmo com o forte movimento de venda do mercado.
Não é à toa que a instituição elevou o volume de compras no mercado à vista nos últimos dias, de uma média de US$ 200 milhões por dia para até US$ 600 milhões.
- O governo do PT tem acenado com a disposição de ajudar a indústria e as exportações. E por isso o BC deve continuar comprando o excesso de dólar no mercado - diz.
Para o operador, o total de compras poderá a chegar a US$ 30 bilhões no ano.