A Bolsa de Valores de São Paulo abriu o pregão desta segunda-feira em queda, refletindo claramente a vinculação das operações domésticas com o cenário externo, que promete ser agitado nesta semana.
Às 10h21min, o Ibovespa, principal índice da instituição, recuava 0,48%, aos 35.181 pontos. O dólar invertia, no mesmo horário a tendência da abertura e subia 0,23%, vendido a R$ 2,2180. O risco-país, termômetro da confiança dos investidores na economia brasileira, subia 0,40%, atigindo 253 pontos.
Para o economista do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, a oscilação nos preços do petróleo em função da crise no Oriente Médio, a divulgação de indicadores americanos e de resultados de empresas, além da ata do Fed (banco central dos EUA) são os fatores que deverão marcar esta semana, para ele, a mais importante do mês.
Sem dúvida, é o período que concentra o maior número de dados relevantes, a começar pelos índices de inflação nos Estados Unidos. Temos também o discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke, na quarta-feira, mas que, acredito, será tranqüilizador no sentido de transmitir ao mercado que a inflação está sob controle analisou.
No cenário doméstico, as atenções estão voltadas para a definição da taxa básica de juros, mas que o mercado já precificou em 14,25%, segundo Campos Neto. Resta a confirmação pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.