A terça-feira (17) é negativa para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Às 12h54, alinhado com o observado na maior parte das bolsas do exterior, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 3,82%, a 40.243 pontos.
Pouco antes das 13h, somente duas - Telesp e Light - das 66 ações que compõem o Ibovespa, que é referência para o mercado nacional, registravam valorização nesta terça-feira. O volume financeiro era de R$ 1,55 bilhão neste horário.
EUA
Em Wall Street, os investidores voltam de feriado e não encontram boas notícias. Além da preocupação com o setor financeiro, que segue sem solução para a montanha de ativos podres que carrega, as montadoras voltaram ao foco. Com isso, as bolsas do país abriram com fortes perdas.
Também nesta terça, General Motors (GM) e Chrysler devem apresentar seus planos de reestruturação, uma condição para ter acesso a dinheiro do governo. Ainda no setor, a Daimler registrou prejuízo no quarto trimestre, reflexo de sua participação na Chrysler e de uma queda acentuada nas vendas da marca Mercedes-Benz.
A agenda é pouco relevante, com dados sobre atividade industrial na região de Nova York e fluxo de investimentos estrangeiros. Os agentes também estão de olho no resultado da varejista Wal-Mart, que ficaram acima do esperado.
Mercado interno
De volta ao mercado interno, segundo um operador que prefere não se identificar, nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro o investidor estrangeiro saiu da Bovespa. No entanto, o saldo das negociações no acumulado do mês até o dia 12 ainda está positivo em R$ 1,5 bilhão. Até dia 9, o saldo passava de R$ 2 bilhões.
Outro ponto que garante instabilidade ao pregão é o vencimento do Ibovespa futuro, que acontece amanhã. Segundo o operador, ainda tem briga entre comprados e vendidos para as séries nos 40 mil, 41 mil e 42 mil pontos.
O especialista também aponta que os estrangeiros estão reduzindo sua posição comprada no Ibovespa futuro. Os contratos, que já passaram de R$ 2 bilhões no começo da semana passada, caíram para perto R$ 1,5 bilhão.
Europa e Ásia
Na Europa, a terça-feira é de perdas acentuadas. Mais uma vez, os bancos puxavam as vendas. Um relatório da agência de classificação de risco Moody´s aponta que a retração econômica no Leste Europeu terá impacto sobre os bancos locais, atingindo também as instituições no Oeste, mais notadamente na Áustria, Itália, France, Bélgica e Alemanha.
Na Ásia, os principais mercados também tiveram fortes quedas. A bolsa do Japão recuou 1,4%, enquanto em Seul a baixa foi de 4,1%.
Na segunda-feira, a Bovespa operou em baixa durante a maior parte do dia, mas inverteu de sentido no final do pregão. Ao fim do dia, a bolsa paulista fechou com alta de 0,4%, aos 41.841 pontos.
O giro financeiro foi de R$ 4,9 bilhões. No fim do pregão, as "blue chips" Petrobras e Vale do Rio Doce se recuperaram das baixas registradas ao longo do dia e fecharam com leve valorização.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast