São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) adiou o início dos negócios com o Proteção do Investimento com Participação (POP) que deveria ocorrer hoje. O novo produto do mercado de renda variável dá ao investidor uma proteção contra eventuais perdas nas aplicações em ações. O adiamento atende determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que solicitou esclarecimentos adicionais sobre o novo produto. A Bovespa informou que já está providenciando os esclarecimentos solicitados e "oportunamente comunicará o mercado a nova data de início das negociações com o POP".

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O POP é um produto de renda variável composto por três instrumentos: uma ação no mercado à vista, uma opção de compra (denominada call) e uma opção de venda (put). A proteção contra perdas é possível graças à compra de uma opção de venda, que dá ao investidor o direito de se desfazer do papel que ele adquiriu por um determinado preço no futuro, na data do exercício de opções. Por outro lado, se a ação que compõe o POP adquirido pelo investidor subir, ele terá que abrir mão de parte do ganho.

Esse novo produto é uma alternativa para quem nunca comprou ações, pois funcionará como um teste para os novos investidores, já que ele poderá aprender a operar neste mercado sem correr grandes riscos. Além disso, é mais uma iniciativa da Bovespa com o intuito de popularizar o mercado de ações brasileiro.

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O preço do POP no ato da aplicação será definido de acordo com o valor protegido que será estabelecido e o percentual de participação no lucro que será dado ao investidor – de 80% ou 70%. Esse lucro, é o quanto a ação valorizou no período. Vale destacar que o preço do POP é uma coisa e o valor protegido (garantido a receber no futuro mesmo que a ação caia), é outra.

Cada contrato será composto no mínimo por 100 unidades de ações. Portanto, considerando um POP de R$ 48 por ação, o investimento será de R$ 4,8 mil.

A intenção da Bovespa é lançar, a cada mês, ao menos dois POPs – com vencimentos de seis e 12 meses – para os sete papéis mais negociados do mercado: Petrobras PN, Vale do Rio Doce PNA, Bradesco PN, Usiminas PNA, Telemar PN, Itaubanco PN e CSN ON, mais o PIBB (fundo de investimento lançado pelo BNDES).