O principal índice das ações brasileiras fechou em queda nesta sexta-feira, anulando os ganhos acumulados nas primeiras semanas do ano em um pregão marcado pela forte baixa das ações da OGX.

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O Ibovespa caiu 0,62 por cento, para 69.133 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,5 bilhões de reais.

Após a terceira queda consecutiva, o índice voltou ao menor patamar de fechamento desde 29 de dezembro.

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"Não vimos nenhum motivo específico para essa queda do Ibovespa. O que a gente viu é que setores de bancos e consumo estavam mais pesados, como já vem acontecendo há dois dias. Mas, em linhas gerais, a gente viu como um movimento de realização (de lucros)", disse Fernanda Camino, economista da corretora XP Investimentos.

Na semana, o Ibovespa perdeu cerca de 2,5 por cento. Setores como serviços financeiros e consumo sofreram por conta do aumento de 0,5 ponto percentual do juro básico, anunciado na quinta-feira --embora já esperado por analistas.

Ações das administradoras de cartões Cielo e Redecard recuaram 2,66 e 2,1 por cento, com a primeira caindo a 12,46 reais, o menor nível já registrado.

A maior queda individual do índice, porém, coube às ações da OGX, com perda de 4,48 por cento, a 18,77 reais. Somente elas responderam por 0,22 ponto da queda do Ibovespa.

O mercado tem reduzido exposição à petrolífera de Eike Batista desde a semana passada, quando a empresa divulgou que um poço na bacia de Santos não era viável comercialmente.

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De acordo com um analista, que preferiu não ser identificado, os investidores também têm mostrado impaciência com a falta de notícias sobre a venda de participações nos blocos de exploração da petrolífera.

No lado positivo, as ações preferenciais da Vale amenizaram a queda do Ibovespa, com alta de 0,75 por cento, a 52,51 reais, e o maior volume do pregão. A maior valorização dentro do índice ficou para a Fibria, com ganho de 2,56 por cento, a 27,64 reais.

Em segundo lugar em termo de volume, mas em queda, as ações preferenciais da Petrobras fecharam a 27,05 reais, com variação de 0,81 por cento.

A economista da XP Investimentos apontou a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quinta-feira, e a reunião do Federal Reserve, um dia antes, como os principais eventos a serem monitorados.

"Pode ter alguma volatilidade em torno da reunião do Fed", disse. "Também tem (que monitorar) a Europa, com a sua crise, e a China, com o temor de aumento de juros. Fora isso, tem os resultados corporativos."

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