Venda de casas usadas nos Estados Unidos surpreendeu positivamente e deu impulso às bolsas| Foto: Scott Olson/AFP

São Paulo - O resultado de ontem não foi tão expressivo, mas acabou por conduzir a Bovespa a seu mais elevado patamar em quase 13 meses. Com alta de 1,58%, a bolsa alcançou os 57.728 pontos, nível que não era alcançado desde o fim de julho de 2008. O mercado encerrou a semana em clima positivo, embalado pelos dados animadores no setor imobiliário norte-americano.

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"A venda de casas existentes nos Estados Unidos surpreendeu positivamente o mercado e subiu pelo quarto mês seguido. O resultado ficou bem acima das estimativas. Comparado com o pico do boom imobiliário, o patamar das vendas ainda é bem baixo, mas nos últimos meses a tendência de recuperação ficou mais clara", afirmou José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.

O movimento de melhora também deu impulso às commodities. O petróleo subiu 1,34%, para ser cotado a US$ 73,89 em Nova Iorque. A matéria-prima mais cara acaba por elevar a atratividade das ações da Petrobras, que ontem ganharam 2,03% (ordinárias) e 1,75% (preferenciais). A cotação do petróleo de ontem foi a mais elevada desde outubro do ano passado.

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A apreciação das commodities metálicas, por sua vez, atraiu investidores para os papéis de empresas de siderurgia e mineração. A ação preferencial "A" da Vale teve elevação de 2,24%; Usiminas PNA subiu 3,09%; e Gerdau PN se apreciou 1,65%.

A semana

No acumulado da semana, a Bovespa contabilizou uma alta de 1,92%. Houve 41 apreciações dentre as 64 ações que formam o índice Ibovespa, o mais importante do mercado local. O resultado positivo levou a bolsa a uma valorização acumulada no ano de 53,74%. Em dólares, o estrangeiro viu seu dinheiro aplicado na Bovespa dar um salto de 96,36% apenas em 2009.

Apesar desse ganho elevado, o investidor estrangeiro não tem se desfeito das ações brasileiras para embolsar lucros já acumulados. O balanço das operações da categoria no mês estava positivo em R$ 1,25 bilhão, no dia 18. Isso mostra que a categoria, que é a que mais negocia na bolsa, tem mais comprado que vendido ações.

Câmbio

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O dólar, apesar de ter se mantido acima da mínima atingida no mês, de R$ 1,81, registrou mais um dia de baixa. A moeda norte-americana fechou ontem em baixa de 0,65%, vendida a R$ 1,831. No mês, o dólar registra depreciação de 1,82% diante do real. No ano, a baixa da moeda está em 21,55%.

Com o câmbio controlado, um dos pontos de pressão inflacionária fica neutralizado, o que fortalece o cenário de taxas de juros baixas.