A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta terça-feira (6) em meio a um ajuste técnico após dois pregões de fortes perdas e renovados rumores sobre o aumento da nota de risco do Brasil pela agência de rating Standard & Poor's (S&P), atualmente em "BBB-" para moeda estrangeira.
O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, avançou 2,93%, aos 56.607 pontos, descolado dos principais mercados internacionais. Entre 91 índices, o avanço foi menor apenas que o da Bolsa de Zurique, que subiu 4,36% após medida do governo local para conter a apreciação do franco suíço.
Em Wall Street, o Dow Jones - principal índice da Bolsa de Nova York - recuou 0,90% e o Nasdaq perdia 0,26% por volta das 17h30m. Nas Europa, os mercados voltaram a registrar baixas lideradas por ações de bancos.
No mercado de câmbio, o dólar comercial avançou 0,48%, a R$ 1,656 na compra e R$ 1,658 na venda, renovando suas máximas desde março deste ano. Na máxima do dia, a moeda chegou a ser negociada a R$ 1,668.Segundo Eduardo Oliveira, da Um Investimento, os rumores sobre o aumento da nota brasileira pela S&P, que colocou em maio deste ano a classificação de risco dos títulos brasileiros em perspectiva positiva, alimentou o bom humor na Bovespa.
"Não seria mais do que hora. Existem distorções nas notas de crédito. A nota brasileira é menor que a de outros países latino-americanos, como o Peru", afirma Oliveira.
Lideram os ganhos do pregão ações da Gafisa ON, em alta de 6,99%, a R$ 7,80, recuperando as fortes perdas de ontem. Os papéis da Embraer ON, que avançaram 6,66%, a R$ 10,08. Lojas Renner ganharam 5,76%, a R$ 60,50, refletindo um relatório positivo da Bradesco Corretora.Entre as "blue chips", ações com maior peso no mercado brasileiro, Petrobras PN subiu 2,19% (R$ 20,47), Vale PNA avançou 2,46% (R$ 40,66) e OGX teve alta de 3,47% (R$ 11,60). Todas ficaram perto das máximas do dia.
Segundo analistas, a aceleração da inflação pelo IPCA não pesou no mercado brasileiro. Segundo o IBGE, a inflação oficial acumulou uma alta de 7,23% em 12 meses encerrados em agosto, a maior desde junho de 2005.
Na Europa, o índice FTSEurofirst 300, que mede o desempenho dos mais importantes papéis do continente, fechou em baixa de 0,66%, para o menor nível desde julho de 2009. Recuaram as bolsas de Paris (-1,13%), Frankfurt (-1,61%), Madri (-1,98%). Londres avançou 1,06%.
Segundo Oliveira, investidores reagiram negativamente na Europa ao impasse sobre os problemas da dívida de países da região. As ações de bancos europeus mais expostos à dívida dos países periféricos da zona do euro foram os que mais sofreram.
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