A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve uma sessão de volatilidade nesta terça-feira, o que não comprometeu sua excelente performance no acumulado de janeiro e a obtenção de um novo recorde de pontos. O Índice Bovespa fechou em 38.382 pontos, com alta de 0,37%. Os negócios somaram R$ 3,037 bilhões. No mês, o Ibovespa acumulou ganhos de 14,73%, mostrando que as ações foram a melhor opção de investimento do período.
A Bovespa operou em queda na maior parte do tempo, depois de a bolsa ter batido seu nono recorde histórico do mês. A melhora definitiva aconteceu à tarde, acompanhando as bolsas americanas. Esses ganhos sucessivos têm sido garantidos pelo incessante ingresso de recursos externos à bolsa, que já supera os R$ 1,5 bilhão este mês. A manutenção desses recordes ou a chegada de um ajuste mais forte é uma discussão recorrente no mercado.
- A queda da manhã foi apenas uma realização de lucros, porque a bolsa está "esticada", mas não está cara - disse Júlio Martins, gestor no Banco Prosper.
O analista afirma que a queda é natural depois de uma alta forte em um curto período de tempo. Segundo ele, as realizações de lucros vêm acontecendo diariamente, mas por meio de uma espécie de "rodízio" entre as ações. Por conta disso é que a bolsa tem momentos de baixa, mas sempre acaba por reagir e registrar novos recordes. Até o último dia 26, o saldo dos investimentos externos na Bovespa estava positivo em R$ 1,781 bilhão.
A principal expectativa do dia foi a reunião do comitê de mercado aberto do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. O Fed confirmou as previsões e elevou a taxa básica de juros americana em 0,25 ponto percentual, para 4,50%. Além disso, voltou a sinalizar que o aumento dos juros no país está perto do fim.
Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores altas foram de Embraer PN e ON, que subiram 5,47% e 5,28%, respectivamente. Já as maiores baixas foram de Cesp PN (-4,59%) e Tele Leste Celular PN (-3,67%).
