A alta inesperada dos juros na China contribuiu para a intenção do governo brasileiro de frear a queda do dólar frente ao real, colocando a moeda norte-americana em alta de mais de 1% no primeiro dia de vigência do imposto maior sobre a entrada de capital estrangeiro para renda fixa.
O dólar subiu 1,26% nesta terça-feira (19), para R$ 1,687 na venda. Esta é a maior alta diária desde o dia 29 de junho, quando a moeda americana registrou valorização de 1,57%.
Com a alta desta terça-feira, a desvalorização da cotação da moeda no mês recuou de 1,5% (na segunda-feira) para 0,30%.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, elevou de 4% para 6% a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em aplicações de estrangeiros em renda fixa. A mesma taxa foi adotada sobre a conversão de dólares em reais para depósitos de margem de garantia na bolsa.
Nesta terça-feira, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, fechou em queda de 2,61%, aos 69.863 pontos.
Mas, antes de o mercado avaliar o efeito imediato do IOF maior sobre o câmbio, a China surpreendeu analistas ao subir os juros pela primeira vez desde 2007, em uma tentativa de limitar as pressões inflacionárias.