A Bovespa fechou em forte baixa nesta terça-feira (2), afetada por um pessimismo generalizado dos investidores com a economia brasileira e com as empresas do grupo EBX, de Eike Batista, que protagonizaram as maiores quedas no pregão desta terça-feira (2). O Ibovespa, principal indicador da Bovespa, fechou com queda de 4,24%, aos 45.228 pontos, no menor patamar desde 22 de abril de 2009, quando a Bolsa encerrou o pregão aos 45.228 pontos. O índice da Bovespa teve também a pior queda diária desde setembro de 2011 nesta terça-feira.
Para analistas, a desvalorização de hoje foi motivada por uma perda de confiança do mercado em relação ao crescimento brasileiro, motivada pelos dados fracos de produção industrial. A indústria vinha tendo uma performance relativamente boa, com uma recuperação pontual devido à venda de caminhões, mas agora mostra sinais de desaquecimento", explica Bruno Gonçalves, analista da corretora WinTrade.
Aliado a esse dado, as ações do grupo EBX protagonizaram as maiores quedas de hoje e pressionaram o indicador em baixa. As ações de petrolífera OGX caíram 19,64%, a R$ 0,45, afetadas por relatórios de bancos que cortaram o preço-alvo de suas ações para R$ 0,10.
Mais tarde, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou os ratings da empresa para o nível de pré-default por conta dos recentes anúncios da petroleira de Eike. Outras empresas do grupo tiveram fortes perdas nesta terça-feira. Os papéis da mineradora MMX caíram 17,29%, enquanto os da empresa de logística LLX tiveram queda de 11,23%.
Pequeno Investidor
As notícias para o pequeno investidor que comprou ações de alguma empresa X não são nada boas, afirma o analista Bruno Gonçalves, da WinTrade. "O acionista é o último a receber em caso de quebra. É o último a ser ressarcido. Antes vêm os credores e funcionários", explica. Antes de decidir se permanece com o papel ou não, o investidor deve analisar as possibilidades envolvendo a empresa, afirma o consultor de investimentos Clodoir Vieira.