A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu o mau humor dos mercados internacionais e fechou em forte queda nesta quarta-feira (5). O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou em queda de 6,13%, aos 37.785 pontos, perdendo o patamar de 40 mil pontos alcançado na terça-feira.

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O resultado do dia interrompe um ciclo de altas que gerou, até terça-feira (4), alta de 36,8% no mercado brasileiro.

A notícia da eleição do democrata Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos gerou otimismo nos mercados financeiros asiáticos, mas não se refletiu na Europa e nos Estados Unidos.

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Para o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio Leal, a baixa nos mercados internacionais não reflete rejeição dos investidores à vitória de Obama.

A desvalorização, segundo ele, foi motivada por indicadores econômicos ruins sobre a economia norte-americana divulgados nesta quarta-feira - como a atividade do setor manufatureiro, que teve o pior nível desde 1982 - e pela venda de papéis para embolsar os lucros acumulados nos últimos dias.

"Foi um dia de realização, não por causa do Obama. Se tivesse vencido o McCain e houvesse esses resultados econômicos divulgados hoje, as bolsas poderiam cair até mais", explica.

Dados

No cenário doméstico, o IBGE divulgou novos dados sobre a economia brasileira. Segundo o instituto, a alta dos preços da construção civil perdeu força em outubro, registrando alta de 0,95%, ante 1,60% no mês anterior.

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O IBGE também deu a conhecer os dados definitivos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2006. A alta foi revisada para 4%, perante os 3,8% divulgados anteriormente.

Depois de registrar deflação em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) acelerou forte no mês passado. O indicador, que mede a variação de preços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais passou de -0,57% para 0,66%, maior taxa desde junho de 2008.