A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) volta a operar em queda nesta quarta-feira (8), de olho nas medidas anticrise anunciadas no exterior. Às 10h14, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, já registrava baixa de 5,11% aos 38.088 pontos.
As ações tomadas no exterior para conter a sangria dos mercados financeiros ajudam a conter as perdas nos mercados mundiais. Em uma ação conjunta, bancos centrais de vários países anunciaram cortes em suas taxas de juros, em uma tentativa de conter a desaceleração da economia mundial, afetada pela crise financeira. A ação repercutiu bem na Europa, onde as bolsas caíam cerca de 5% no momento do anúncio. Depois disso, elas passaram a oscilar pequenas altas e pequenas quedas. O otimismo, no entanto, durou pouco e as quedas voltaram a se intensificar.
Na Inglaterra, o avanço da crise sobre os bancos fez o governo anunciar um pacote de 50 bilhões de libras esterlinas em socorro às instituições. O plano servirá para comprar ações nos principais bancos do país, que sofreram fortes quedas na terça-feira, chegando cerca de 40% no caso do Royal Bank of Scotland (RBS). Com a compra das ações, os bancos serão parcialmente nacionalizados.
Ásia
Na Ásia, onde os mercados fecharam antes do corte global de juros, o temor de uma recessão mundial dominou os negócios. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 9,37%. Foi a maior queda diária desde 1987, quando baixou 14,9%. A pontuação desta quarta, inferior a 10.000, ficou no menor nível desde junho de 2003.
Em Seul, o índice Kospi teve queda de 5,81%. A Bolsa de Xangai fechou com perdas de 3,4%. Em Jacarta, o pregão foi encerrado quando a bolsa operava em baixa de 10,38%. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 5.5%.
Véspera
Na terça-feira, a Bovespa fechou em queda, em mais um dia de nervosismo e volatilidade no mercado financeiro. A desvalorização no ano já passou de 37%.
Principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa terminou o pregão em queda de 4,66%, aos 40.139 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 5,27 bilhões.
O número de pontos - que mede o valor de mercado das empresas que compõem o Ibovespa - recuou ao menor valor desde 1º de novembro de 2006, de acordo com dados estatísticos da BM&FBovespa.