A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que chegou a operar em leve alta nesta sexta-feira, sentiu o impacto da divulgação de um dos mais importantes indicadores americanos do dia: o índice de atividade industrial do país ficou em 49,4 em novembro, contra expectativa de 52. Este foi o mais baixo nível desde abril de 2003.
A divulgação do indicador derrubou os mercados em Wall Street e a derrocada acabou levando instabilidade ao Ibovespa, que encerrou em queda de 1,44%, aos 41.327 pontos, com giro financeiro de R$ 2,620 bilhões.
O dólar, por sua vez, encerrou o dia com discreta alta, em um começo de mês com menor liqüidez e com uma atuação um pouco mais firme do Banco Central. A moeda fechou cotada a R$ 2,1680 para venda, com alta de 0,09%.
A Bolsa de Valores de Nova York caiu 0,23%, aos 12.194,10 pontos; o Nasdaq recuou 0,76%, aos 2.413,21 pontos; e o S&P teve retração de 0,28%, aos 1.396,72 pontos.
Entre os destaques de queda da bolsa brasileira estavam as ações ordinárias da Eletrobras (ELET3), com desvalorização de 2,24%, a R$ 50,25, ainda que a maior desvalorização tenha sido registrada pelas também ordinárias da Cemig (CMIG3), com recuo de 3,88% (R$ 83,90).
O mercado avalia que, se a Eletrobrás puder ser retirada da lei de Responsabilidade Fiscal, sua capacidade de endividamento vai aumentar muito e isso é perigoso. A Eletrobrás não é nenhuma Petrobras, que tem uma gestão muito mais parecida com a de empresas privadas diz um analista da Corretora Socopa.
Entre as altas do dia, destaque para as preferenciais da Contax (CTAX4), com alta de 4,71% e da Companhia deTransmissão Paulista (TRPL4), com variação de 3,46%; além das ordinárias do Banco do Brasil (BBAS3), com elevação de 3,09%.
As ações da Odontoprev estrearam com sucesso na Bovespa, nesta sexta-feira. A cotação dos papéis ordinários da companhia (ODPV3) subiu 15,6%, a R$ 32,39, após 7.147 negócios. A empresa é líder no segmento de planos de assistência odontológica e lucrou R$ 13,2 milhões até setembro deste ano.
A trajetória de queda da maioria das projeções de taxas de juros persistiu ao longo do dia, apesar do pesado ajuste de preços observado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) nos últimos pregões.
O volume de negócios com contratos de depósito interfinanceiro (DI) diminuiu, após alcançar 2,228 milhões de unidades na quinta-feira - confirmando, portanto, o segundo melhor resultado da história da BM&F.
As projeções de prazos mais curtos oscilaram entre estabilidade e leve alta e as demais declinaram. O DI janeiro de 2007 - contrato mais curto cotado no pregão - fechou em leve alta, a 13,16% ao ano. O DI abril de 2007, um dos mais procurados pelo bancos, recuou a 12,97%. O DI janeiro de 2008 caiu a 12,71% ao ano.