Colada no preço das commodities, a Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu registrar a primeira alta semanal de agosto apesar de fechar em queda no pregão desta sexta-feira.
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou o dia com ligeira desvalorização de 0,15 por cento, aos 55.850 pontos. Na semana, o indicador acumulou alta de quase 3 por cento.
O volume financeiro na bolsa foi de 3,38 bilhões de reais, o menor desde o início de julho.
Durante a manhã, o Ibovespa chegou a se animar com a alta exibida por Wall Street, mas acabou cedendo diante do aprofundamento da queda do petróleo e de metais.
"Devido à preponderância no Ibovespa de empresas voltadas para matérias-primas, oscilamos acompanhando as cotações delas de perto", explicou Miguel Daoud, diretor da Global Financial Advisor.
Segundo profissionais do mercado, o baixo volume indica um desinteresse dos investidores no mercado, seguindo a forte saída de investidores estrangeiros nos últimos dois meses.
"Uma parte dos investidores aproveitou essa última sessão para realizar um pouco em cima dos últimos dias. Mas o mercado sempre tenta antecipar algo com essa falta de direção, como a valorização do dólar afetando o preço dos metais, por exemplo", acrescentou Daoud.
As ações preferenciais da Petrobras cederam 0,28 por cento, para 35,29 reais, num dia em que o barril do petróleo caiu mais de 6 dólares nos Estados Unidos.
As preferenciais da Vale recuaram 1,8 por cento, para 38,10 reais, enquanto as da Gerdau cederam 0,9 por cento, a 29,71 reais.
Já a maior alta do dia ficou a cargo da Duratex, que avançou 7,5 por cento, para 25,69 reais. Nesta sexta-feira, a corretora UBS afirmou em relatório que vê a companhia "apresentando um atraente crescimento até 2010".
O setor imobiliário foi o que amargou as piores quedas da sessão. A Gafisa perdeu 4,6 por cento, a 23,04 reais, e a Rossi recuou 3,9 por cento, para 10,60 reais.