Pelo segundo dia consecutivo, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou os negócios em baixa, com investidores embolsando lucros depois do ganho de 33% acumulado em 2006. A queda no preço de commodities e a fraqueza de dados econômicos nos Estados Unidos incentivaram as vendas.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, que tem grande peso de empresas ligadas a commodities, recuou 0,96%, a 44.020 pontos. Na mínima do dia, o índice chegou a cair quase 2%. O movimento financeiro, de R$ 3,458 bilhões, superou novamente a média diário do ano passado.
Por volta das 18h, o risco Brasil, termômetro da desconfiança dos investidores na economia brasileira, apresentava alta de quatro pontos em relação ao fechamento desta quarta-feira, situando-se nos 198 pontos.
CÂMBIO
O dólar, por sua vez, fechou em alta nesta quinta-feira, seguindo a preocupação global com o ritmo de crescimento dos Estados Unidos e o declínio dos preços de commodities. A divisa americana terminou a sessão a R$ 2,1450, com valorização de 0,23%.
A ata do Federal Reserve publicada na quarta-feira mostrou um receio com o ritmo de crescimento da maior economia mundial, o que foi reforçado nesta quinta depois de dados mostrarem desaceleração da atividade no setor de serviços dos EUA.BOVESPA
Entre as maiores baixas desta quinta-feira, estão a Brasil Telecom ON (-4,69%, R$ 33,36), TIM Participações ON (-4,42%, R$ 11,45), e Telemar PNA (-2,90%, R$ 46,85). As ações com as maiores altas eram Banco do Brasil ON (3,76%, a R$ 66,98), Copel PNB (2,06%, R$ 25,80) e Contax ON (1,59%, R$ 3,20).
Outra notícia que trouxe pessimismo ao mercado foi a Ata do Fomc (órgão do Federal Reserve equivalente ao Comitê de Política Monetária do BC), desta quarta-feira. O texto cita um risco inflacionário nos EUA. Com isso, cresce a perspectiva, ainda que não de curto prazo, de que o Fed pode elevar as taxas básicas de juros do país, o que tende a estimular fuga de capitais de países emergentes como o Brasil.PETRÓLEO
Os contratos futuros de petróleo nos Estados Unidos encerraram a quinta-feira abaixo de US$ 56. O aumento nos estoques de gasolina compensou a preocupação com a queda nos estoques americanos de petróleo em um inverno de temperaturas ainda amenas.
Em Nova York, os contratos de petróleo bruto para fevereiro encerraram com queda de US$ 2,62, a US$ US$ 55,70 o barrill. Durante o dia, a cotação chegou à mínima de US$ 55,54, a menor desde o dia 17 de novembro. Na quarta-feira, os preços já haviam caído US$ 2,73.
JUROS
Após uma sequência de queda, os juros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) sofreram uma correção e fecharam em alta.
O DI abril de 2007, o mais procurado no pregão, avançou a 12,84% ao ano; o DI julho de 2007, a 12,58% ao ano; o DI janeiro de 2008, a 12,36% ao ano; e o DI janeiro de 2009, a 12,27% ao ano.
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