A Bovespa começou o pregão em queda, com perdas de quase 2%, refletindo a aversão a risco após a decisão da S&P de rebaixar o rating brasileiro, tirando do país o selo de bom pagador e colocando-o de volta à categoria de grau especulativo.
Às 11 horas , o Ibovespa recuava 1,73%. As ações da Petrobras PN caíam 4,89% e as ON estavam em -4,55%. Os bancos também caíam: Banco do Brasil ON -3,85%; Itaú Unibanco PN -2,55%; Bradesco PN -2,46%.
O dólar abriu em alta de 3% e chegou a R$ 3,91, com os investidores já apostando que irá a R$ 4, maior nível histórico sobre o real, aumentando a pressão sobre a inflação. A alta da moeda norte-americana perdeu parte da força, no entanto, após o Banco Central anunciar nova intervenção no câmbio, com leilão de venda de dólares com compromisso de recompra.
Às 10:19, o dólar avançava 1,86%, a R$ 3,8701 na venda. Na máxima do dia, subiu 3,1% e alcançou R$ 3,9173 reais, maior nível intradia desde 23 de outubro de 2002.
“O dólar perto de R$ 4 está precificando tudo que está acontecendo”, resumiu o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho, ressaltando que novos problemas na política e na economia no Brasil, bem como altas da moeda norte-americana nos mercados externos, devem elevar ainda mais as cotações.
No exterior, o mercado secundário de títulos da dívida externa do Brasil registra tendência de queda. Os papéis brasileiros de dez anos - os chamados “Global Bond Brazil” - caíam 0,37% no valor negociado e, como consequência, o retorno ao investidor estava em 5,40%, de acordo com dados da Tullett Prebon.
O dólar abriu em alta de quase 2%. No