A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou com forte instabilidade durante boa parte do dia, para consolidar um movimento de alta no fim da tarde. O Ibovespa, índice da carteira teórica de ações do mercado paulista, encerrou os negócios com ganhos de 0,98%, a 39.229 pontos e volume financeiro de R$ 3,580 bilhões. Em pontuação, este foi o maior nível desde maio.
O dia foi atípico em função do vencimento de opções de outubro, cujos exercícios somaram R$ 1,125 bilhão. Este fato acaba influenciado o mercado à vista uma vez que compradores e vendedores de contratos futuros de ações brigam para trazer as cotações a valores mais próximos às suas apostas.
No início da manhã, o mercado sofreu a influência da expectativa de corte na taxa de juros Selic, a partir da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, na terça e na quarta-feira. A estimativa é de um corte de 0,5 ponto percentual nos juros .
No entanto, com a recuperação das bolsas nos Estados Unidos e com a melhoria dos preços das commodities, as ações da Vale do Rio Doce e da Petrobras tiveram forte alta, puxando para cima o índice. Os papéis preferenciais da Vale fecharam em alta de 1,54%, a R$ 44,56. Os da Petrobras subiram 1,08%, para R$ 42,10.
O petróleo, que iniciou o dia em baixa em Nova York e Londres, subia 2,34% (para US$ 59,940) e 0,77% (para US$ 59,980), respectivamente. Já o índice que mede os preços das commodities no exterior, MSCI, subiu 1,83%.
As bolsas americanas também operaram com instabilidade, em compasso de espera, já que a semana terá uma agenda recheada de indicadores da economia e de resultados corporativos.
O Dow Jones testou a barreira dos 12 mil pontos, e fechou em alta de 0,17%, a 11.980,6 pontos. O Nasdaq, por sua vez, ganhou 0,28%, para 2.363,84 pontos, enquanto o S&P subiu 0,25%, para 1.369,05 pontos.
A Bovespa divulgou que o saldo de investimentos estrangeiros nos primeiros dez dias de outubro superou em quase três vezes todo o superávit de setembro. Até o dia 10, o resultado da entrada menos a saída de capital ficou em R$ 516 milhões.
Já o dólar fechou em queda de 0,33% nesta segunda-feira, a R$ 2,13, apesar de operações de compra no mercado à vista feitas pelo Banco Central.
No mercado de juros, contratos com vencimentos curtos, em janeiro de 2007, fecharam estáveis, projetando uma taxa de 13,6%. Contratos com vencimento em janeiro de 2008 indicaram taxa de 13,280%, com alta de 0,04 ponto percentual.
O risco-país tinha queda de 0,47%, para 210 pontos centesimais.
Leia mais: Globo Online
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast