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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão de fortes perdas nesta quarta-feira (12). Ao final do dia, o indicador Ibovespa - principal referência do mercado nacional - desabou 7,75%, aos 34.373 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,08 bilhões.

Durante a sessão, os agentes repercutiram a divulgação dos resultados da Petrobras no terceiro trimestre durante a noite de terça-feira, que apresentou lucro recorde de R$ 10,8 bilhões, crescimento de 96% sobre período correspondente do ano passado.

Mesmo assim, no entanto, os papéis da empresa registraram uma forte desvalorização. A ação PN teve queda de 13,04%, sendo negociada a R$ 20,79. Como a companhia está entre as maiores do mercado de ações, sua queda influenciou os resultados de toda a bolsa.

"A margem Ebitda (lucro aferido antes dos juros e impostos) de apenas 28% no trimestre não era observada desde meados de 2002 e mostra um crescimento muito forte de alguns custos e despesas que chamam a atenção num período de queda no preço da commodity", disse a corretora Ativa, em relatório.

O Credit Suisse reduziu a recomendação para os papéis da companhia de "acima da média" para "média do mercado". Também em relatório, o UBS Pactual observou que os pontos negativos do balanço precisam ser muito bem explicados pelos diretores da companhia para não provocar quedas ainda maiores das ações.

Mais fatores

Outra empresa que não agradou com os resultados trimestrais foi a própria BM&F Bovespa, com queda de 6,5%. A companhia teve lucro líquido de R$ 235,6 milhões no terceiro trimestre. Em igual período do ano passado, o lucro pro forma foi de R$ 204,3 milhões.

O humor dos investidores azedou de vez depois do discurso do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson. Ele afirmou que o governo dos Estados Unidos recuou da proposta de comprar ativos hipotecários ruins com os 700 bilhões de dólares do pacote de ajuda aprovado pelo Congresso. Em vez disso, os recursos serão utilizados para injetar capital nas instituições com problemas.

Além disso, Paulson também afirmou que o plano não irá ajudar com recursos as principais montadoras do país - General Motors, Ford e Chrysler -, que enfrentam ameaça de falência com a queda nas vendas de carros. A possibilidade de ajudar as empresa havia sido levantada por alguns congressistas americanos.

Panorama internacional

Como resultado, os mercados também operam em forte queda nos EUA, o que gerou mais pressão sobre a Bovespa. Por volta das 18h de Brasília, o índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, perdia 3,60%, para 8.381,02 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq diminuía 4,23% e o indicador Standard & Poor's 500 apresentava queda de 4,02%.

Na Europa, os índices reverteram a alta anterior e fecharam o dia no vermelho. O índice Eurofirst 300, que acompanha as principais ações do continente, encerrou o pregão com desvalorização de 3,4%, aos 853 pontos, de acordo com dados preliminares. Os mercados foram influenciados pelo desemprego na Grã-Bretanha, que registrou a maior taxa em dez anos.

Na Ásia, o dia também foi de prejuízos. O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio fechou em baixa de 113,79 pontos, ou 1,29%, situando-se em 8.695,51 pontos. Bolsa de Valores de Seul, na Coréia do Sul, também terminou o pregão em baixa. O índice Kospi caiu 4,87 pontos, o equivalente a 0,43%. A Bolsa de Valores de Xangai, na China, foi a exceção, e fechou com lucro moderado de 0,84%.

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