A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte baixa nesta quarta-feira, em um movimento de realização de lucros após o fechamento recorde na véspera.

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Investidores aproveitaram a queda dos preços de commodities no mercado internacional para vender ações que subiram muito. A bolsa, que já operava em queda desde a abertura, intensificou o movimento depois da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, que mostrou preocupação de alguns membros do banco central norte-americano com o crescimento dos Estados Unidos.

O Ibovespa encerrou em baixa de 2,07 por cento, a 44.445 pontos. O volume financeiro ficou em 3,4 bilhões de reais, 1 bilhão de reais acima da média diária do ano passado.

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``É mais realização mesmo, ontem subiu mil pontos'', comentou o assessor financeiro da corretora Cruzeiro do Sul Júnior Hydalgo.

``Para mim, precisava cair mais. Acho que tem espaço para a bolsa ir para 41 mil, 42 mil pontos. O mercado está muito esticado'', complementou.

O Ibovespa subiu quase 33 por cento em 2006, quarto ano seguido de ganhos.

Em Nova York, o petróleo caiu 4,5 por cento nesta quarta-feira, abaixo de 59 dólares, abatendo papéis de petrolíferas em todo o mundo. Aqui, as preferenciais da Petrobras registraram desvalorização de 3,47 por cento.

A queda de mais 7 por cento do preço do cobre no exterior, para o menor nível desde abril, afetou papéis de mineradoras. As preferenciais da Vale do Rio Doce perderam 4,16 por cento e as ordinárias recuaram 4,89 por cento, maior baixa do principal indicador da bolsa paulista.

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O índice Reuters/Jefferies CRB, que mede a oscilação dos preços de 19 futuros de commodities, caía 2,8 por cento no final da tarde, para o menor nível em dois meses e meio.

Nos EUA, as bolsas passaram praticamente o dia todo em forte alta, impulsionadas por dados acima do esperado do setor manufatureiro, mas inverteram o rumo e passaram a cair depois da ata do Fed.

Autoridades do Fed concordaram na reunião de dezembro que a inflação era a principal preocupação, mas alguns deles sentiram que o ``tom brando'' dos dados econômicos significava riscos maiores para o crescimento do país.