A Bovespa escapou por pouco da derrocada geral vista nos principais mercados mundiais de ações. No dia seguinte à onda de nervosismo que afetou os mercados, o investidor ainda não viu alívio no cenário econômico. Logo no início da manhã, uma nova pesquisa privada reforçou a percepção de que a economia da China começou a desaquecer. Segundo sondagem do grupo HSBC, o nível de atividade da indústria local em junho cedeu para o seu menor patamar em 14 meses.A narrativa da crise continuou pelas horas seguintes, com extensa bateria de números nos EUA a maior parte em tom negativo. A demanda por auxílio-desemprego (indicador da fraqueza do mercado de trabalho) foi maior do que se previa, enquanto as vendas preliminares de casas (um termômetro importante do setor imobiliário) caíram 30%.
Ainda no período da manhã, outros dois indicadores dos EUA completaram o coquetel de más notícias: os gastos no setor de construção civil caíram 0,2%, enquanto uma sondagem privada revelou que a atividade da indústria do país perdeu ímpeto no mês passado.
Tendo em mente esse quadro, a Bolsa de Nova York mostrou queda moderada (0,42%), enquanto as bolsas europeias, que fecham mais cedo, tiveram perdas mais fortes: Londres (2,25%), Paris (3%) e Frankfurt (1,8%). A Bovespa foi a exceção do dia subiu 0,49% sendo "salva" com ordens de compra na última hora. "Chegou um momento em que várias ações ficaram abaixo até das suas cotações mínimas deste ano. Isso atraiu alguns investidores, que voltaram a comprar", afirma Ivanor Torres, diretor do departamento de análise da corretora Geral.
Câmbio
O dólar comercial cedeu 0,44%, para R$ 1,796 (valor de venda), depois de oscilar entre a máxima de R$ 1,814 e a mínima de R$ 1,792.
Hoje, o jogo da seleção brasileira na Copa (11 h, horário de Brasília) deve contribuir mais uma vez para esvaziar os negócios na bolsa. Antes, porém (às 9h30), os investidores avaliam um indicador fundamental: o famoso "payroll" o relatório do governo americano sobre a geração de empregos.
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