A terça-feira, nos mercados brasileiros, foi marcada por oscilações decorrentes das diferentes leituras de indicadores da economia americana divulgados no dia.
Assim, a Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou o desempenho de Wall Street, e fechou em leve alta de 0,31%, aos 41.043 pontos e volume financeiro de R$ 2,155 bilhões. Na véspera, o Ibovespa registrara a maior queda desde setembro.
O dólar encerrou os negócios em baixa de 0,23%, cotado a R$ 2,1870 para venda, depois de oito valorizações consecutivas. O risco-país, que mede o grau de confiança do investidor na economia brasileira, manteve-se estável, a 229 pontos centesimais.
BERNANKE
Pela manhã, o governo americano divulgou queda maior que o previsto nas encomendas de bens duráveis em outubro - o que alimentou expectativas de corte do juro pelo Federal Reserve já no primeiro trimestre de 2007. Já o indicador que mediu as vendas de casas usadas, em outubro, veio acima do esperado.
À tarde, com um discurso do chairman do Fed, Ben Bernanke, o dólar chegou a ameaçar alta, cotado a R$ 2,1930. Bernanke afirmou que a economia americana deve crescer em ritmo moderado, mas alertou para os riscos inflacionários, o que esfriou as apostas em juro menor.
O discurso de Bernanke foi bem negativo e o dólar, que tem se mostrado sensível, reagiu disse o responsável pela área de câmbio no banco ING, Alexandre Vasarhelyi.
O gerente de câmbio do Banco Prosper, Jorge Knauer, destacou ainda a atuação de exportadores, atentos à aproximação do nível de R$ 2,200 reais após vários dias de alta do dólar.
O Banco Central realizou leilão de compra de dólares no mercado à vista e aceitou apenas uma proposta, segundo operadores.
EUA
As bolsas de valores dos Estados Unidos perderam força, depois do discurso de Ben Bernanke, mas, ainda assim, encerraram em alta. O índice Dow Jones teve variação de 0,12%, a 12.136,21 pontos; o Nasdaq exibiu oscilação de 0,28%, para 2.412,61 pontos; e o seletivo S&P avançou 0,35%, aos 1.386,70 pontos.
JUROS
As taxas de juros caíram em bloco na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), no primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A queda do contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2007 a 13,28% passou a indicar a possibilidade de corte da Selic em 0,40 ponto percentual nesta quarta-feira.
As operações do mercado futuro seguem, portanto, em direção à expectativa majoritária dos economistas, que prevêem a redução da Selic em 0,50 ponto percentual.
O DI abril de 2007, uma das posições mais negociadas no pregão, recuou a 13,08% ao ano; o DI janeiro de 2008, a 12,89%; e o DI janeiro de 2009, a 13,04% ao ano.
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