Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Câmbio - Dólar é o mais baixo desde abril de 2000

São Paulo – O dólar comercial foi negociado a R$ 1,755 para venda, em retração de 0,79%, nas últimas operações de ontem – menor cotação desde 12 de abril de 2000. O Banco Central realizou leilão de compra de moeda e adquiriu divisas a R$ 1,7560 (taxa de corte). Desde o último dia 8, o BC retomou a prática de adquirir divisas diariamente no mercado de câmbio doméstico.

Profissionais de mercado atribuem a derrocada das taxas de câmbio ainda ao "rescaldo" ao lançamento de ações da Bovespa Holding, que teve participação superior a 70% de investidores estrangeiros.

A espera pela reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA) também pode ter contribuído para derrubar os preços do dólar: se a autoridade monetária americana realmente reduzir os juros básicos aumenta o diferencial entre as taxas americanas e brasileiras, o que deve atrair mais recursos externos para o país.

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São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou acima dos 65 mil pontos e emendou seu 41.º recorde neste ano e a segunda marca histórica somente neste mês no pregão de ontem. O Ibovespa, indicador que reflete os preços das ações mais negociadas da bolsa, subiu 1,20% ao final dos negócios e atingiu o patamar inédito de 65.044 pontos no fechamento. Esse indicador, referência para boa parte dos fundos de ações, acumula valorização de 46,25% neste ano. Corretoras e gestores de investimentos trabalham com projeções entre 67.500 e 70 mil pontos para o Ibovespa no final deste ano.

O giro financeiro continua forte: ontem foi de R$ 7,45 bilhões, muito acima da média diária de outubro (R$ 6,7 bilhões) e da média diária deste ano (R$ 4,5 bilhões). "Para mim, tem todo o tipo de investidor [entrando na bolsa]. Tem investidor institucional [fundos de pensão] voltando para a bolsa por causa de queda dos juros, tem investidor pessoa física e, claro, tem os investidores estrangeiros", afirma Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora Senior.

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Valorização

Profissionais do mercado financeiro explicam a valorização das ações brasileiras por uma continuação dos motivos que impulsionaram a bolsa na sexta-feira. As ações de maior peso no cálculo do Ibovespa – os papéis de Vale do Rio Doce e Petrobras – tiveram forte valorização.

A ação preferencial da Vale subiu 4,37% e foi negociada a R$ 54,90; A preferencial da Petrobras subiu 2,67%, no preço histórico de R$ 73. No caso da primeira empresa, analistas destacam que a ação é um papel muito procurado por investidores estrangeiros para entrar no mercado acionário brasileiro. Também apontam a perspectiva positiva para o faturamento, com a demanda chinesa. Já a ação da Petrobras é beneficiada pela disparada dos preços do petróleo no mercado internacional.

Expectativa

O mercado acionário brasileiro também acompanhou o otimismo dos mercados globais com a perspectiva de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) vá cortar os juros básicos da maior economia do planeta, hoje em 4,75% ao ano. Economistas de bancos e corretoras defendem esse corte como uma "saída" para evitar uma desaceleração econômica mais brusca, ou mesmo uma recessão nos EUA.

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A aposta majoritária dos analistas se concentra na redução de 0,25 ponto porcentual. "O Fed não deve dar uma redução diferente porque provocaria uma volatidade nos mercados, tudo o que ele não deseja", afirma Saulo Sabbá, diretor de gestão da Máxima Asset Management.