Mesmo com todas as incertezas com o futuro de países da zona do euro e com a crise global de 2008 ainda no retrovisor, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) planeja aumentar seu número de investidores pessoas físicas dos atuais 556 mil para mais de 5 milhões até 2015. A estimativa é do diretor de relações com as empresas da BM&F Bovespa, José Antônio Gragnani. O salto de 809% implicaria a chegada de mais 4,5 milhões de investidores que, segundo os executivos da Bovespa, devem ser atraídos pela entrada de 200 novas empresas no mercado de capital até 2015.
O "boom" das pessoas físicas na Bovespa não surpreende o analista da Intrader, Leandro Silvestrini. Ele lembra que eventos importantes, como Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016) vão impulsionar a entrada de novos agentes no mercado financeiro. Em junho, os investidores institucionais lideraram a movimentação financeira na Bovespa (35,02%). Na segunda posição, ficaram os investidores estrangeiros (28%). As pessoas físicas movimentaram 26,19%. O foco são as pequenas e médias corporações. Hoje o país tem mais de 15 mil empresas com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 400 milhões.
Wall Street
Wall Street encerrou ontem a sua melhor semana em um ano, recuperando-se de um grande período de quedas, com os investidores se antecipando ao início da temporada de resultados. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 0,58%, para 10.198 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,97%, para 2.196 pontos.
Os principais índices de ações avançaram 5% na última semana, com os investidores deixando para trás um período de desânimo e se concentrando no que se espera ser outro trimestre sólido para os resultados corporativos.
Europa
O índice FTSEurofirst 300, um dos mais importantes do mercado europeu, seguiu a mesma tendência e subiu 0,64%, para 1.022 pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 5,4%, maior valorização desde julho de 2009.
A Bovespa não teve pregão ontem por causa do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, comemorado em São Paulo. O dólar, por sua vez, fechou cotado a R$ 1,756.