A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou as operações desta sexta-feira em alta de moderada de 0,39%, aos 36.631 pontos e movimento financeiro de R$ 2,128 bilhão. No mês, o Ibovespa acumula pequena alta de 0,28%. No ano, a bolsa paulista sobe 9,49%. O risco-país caiu 2,44% e atingiu os 240 pontos.
O dólar comercial encerrou os negócios desta sexta-feira em queda de 0,41%, cotado a R$ 2,167 para venda. No mês de junho, a moeda americana terminou com desvalorização de 6,72%.
Indicadores da economia americana dominaram a pauta desta sexta-feira (leia mais) . As preocupações em relação à ata do Fed, para quem a inflação ainda é motivo de preocupação, contribuíram para inibir as bolsas americanas (saiba mais) .
DÓLAR
Para o economista e diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Moura Nehme , apesar de ter acumulado queda de quase 7% no mês, o dólar deve continuar em ritmo de desvalorização moderada, caindo para algo entre R$ 2,10 e R$ 2,15 no mês de julho.
- A perspectiva de que poderia haver mais de um aumento dos juros pelo Fed não existe mais, o que vai fazer as bolsas subirem, inclusive, devido ao retorno dos investimentos estrangeiros. Com isso, aumenta a pressão sobre o fluxo cambial. E os bancos, embora não desejem, não terão como resistir; vão se desfazer de suas posições compradas e o mercado vai ceder - conclui Nehme.
VOLATILIDADE
A volatilidade dos mercados não cessou com a confirmação, nesta quinta-feira, do aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros dos EUA. A avaliação é do presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Apimec-RJ), Álvaro Bandeira. Para ele, o nervosismo deve persistir, com o foco da discussão passando da inflação americana para a redução do crescimento econômico dos EUA.
- Eu acho que os mercado vão continuar nervosos, vão continuar voláteis; mas, certamente há espaço para que boas empresas, em bons mercados, evoluam. A alta de ontem foi importante porque afastou um pouco a possibilidade de novas precipitações e porque, de alguma forma, sinalizou que os investidores estão um pouco mais calmos - analisou.
Para o presidente da Apimec-RJ, a partir de agora, o foco da análise dos investidores vai mudar um pouco. Segundo ele, em vez de se discutir se a inflação americana está subindo ou não, agora o que se quer saber é como vai ser a redução do crescimento econômico e como ela afetará o crescimento global.
JUROS
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMeF), as projeções das taxas de juros fecharam em queda pelo terceiro dia seguido. Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2008, os mais negociados, recuaram 0,92% para 15,10% ao ano.
O contrato com vencimento em janeiro de 2007, o segundo mais negociado do dia, foi o único a apresentar alta (0,34%), com taxa de R$ 14,66%. O DI agosto de 2006, de menor prazo a partir de segunda-feira, caiu 0,27% para 14,98%, o que significa um corte de 0,39 ponto percentual da atual Selic.