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O mercado brasileiro de ações não testemunhava uma recuperação tão forte como a de ontem desde maio deste ano, quando os investidores começaram a ver alguma "luz no fim do túnel" a respeito da crise mundial. O fim técnico da recessão nos Estados Unidos foi motivo suficiente para os investidores deixarem de lado os temores com a taxação de capital estrangeiro, um dos motivos alegados para as quedas de terça e quarta-feiras. Nesse ambiente de menor nervosismo, a taxa de câmbio cedeu para R$ 1,731.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da bolsa paulista, subiu 5,91% no fechamento, aos 63.720 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,31 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque fechou com avanço de 2,05%. "Hoje, o mercado ficou por conta do PIB americano, que gerou todo esse entusiasmo, e do exagero da queda de quarta-feira. Nós estamos passando por alguns dias atípicos, e acho que não devem se tornar regra para os próximos pregões", comenta Boris Kogan, profissional da mesa de operações da corretora Walpires.

"O resultado é animador, porque confirma que os EUA saíram da recessão, mas ainda é necessário cautela. Precisamos ficar atentos para perceber se tal sinal de recuperação vai continuar com a retirada paulatina dos incentivos do governo norte-americano", avalia o economista da corretora WinTrade, José Góes, em comentário sobre o resultado do PIB americano.

Vale

O principal motor da alta de ontem da bolsa brasileira foi a ação preferencial da Vale. O ativo da mineradora disparou 8,58%, movimentando R$ 1,05 bilhão. A ação ordinária girou outros R$ 221,27 milhões, com valorização de 8,87%.

Na noite de quarta-feira, a Vale revelou um lucro líquido de R$ 3 bilhões para o terceiro trimestre deste ano, o que significa uma retração de 61% sobre o resultado no mesmo período de 2008. Analistas de mercado destacaram as perspectivas positivas com o crescimento das vendas para a China e a recuperação dos mercados na Europa, Japão e América do Sul.

Outras empresas do setor de commodities metálicas também impulsionaram a Bovespa, a exemplo de Usiminas (2,97%), Gerdau (7,71%) e CSN (5,45%), ações das mais negociadas no pregão de ontem.

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