A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta quarta-feira (12). O principal índice do mercado paulista, o Ibovespa, subiu 1,24%, para 65.223 pontos.

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O volume financeiro ficou em R$ 5,4 bilhões. O compromisso da Espanha com um rigoroso ajuste fiscal recobrou o ânimo dos investidores quanto a uma solução duradoura para a crise fiscal na zona do euro.

Na primeira iniciativa após o anúncio de um pacote de US$ 1 trilhão para evitar que a crise fiscal da Grécia se espalhe pela zona do euro, a Espanha disse que planeja economizar 15 bilhões de euros em 2010 e 2011 com uma série de cortes de gastos para reduzir seu déficit público.

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"Isso mostra que há disposição de governos de tomar medidas duras para enfrentar o problema fiscal na região, que preocupa bastante", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos.

Simultaneamente, resultados corporativos melhores do que as expectativas de grandes companhias, no Brasil e no exterior, deram força aos negócios. A ação da BM&FBovespa foi a melhor do Ibovespa, após a empresa ter divulgado na noite de terça-feira aumento de 24,5% no lucro do primeiro trimestre.

O desempenho do índice só não foi melhor devido à queda do petróleo, que limitou os ganhos de ações de empresas ligadas ao setor, após a divulgação de que os estoques do produto nos Estados Unidos cresceram mais do que as expectativas na semana passada.

Dólar

O dólar terminou esta quarta-feira (12) em baixa. A moeda norte-americana perdeu 0,56%, para R$ 1,773.

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O clima mais positivo no mercado internacional permitiu a queda do dólar, com a continuidade dos ajustes por investidores estrangeiros após a turbulência da semana passada.

A Espanha era um dos motivos para o ambiente tranquilo no mercado internacional. O país, cuja situação fiscal é vista com desconfiança, anunciou o corte de salários de funcionários públicos e a redução dos gastos com investimento para tentar economizar 15 bilhões de euros entre 2010 e 2011.

"Por enquanto, todos os indicativos são de que [o mercado local] vai ficar bem tranquilo", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.

De acordo com Battistel, o giro tem sido fraco nos últimos dias em meio à cautela dos investidores provocada pela volatilidade da semana passada, quando o dólar subiu a quase R$ 1,90. "Ninguém quer se arrepender no dia seguinte", disse. "Enquanto tiver volatilidade, o pessoal fica esperando."

A entrada de dólares no país superou as saídas da moeda em US$ 3,71 bilhões na primeira semana de maio - do dia 3 ao dia 7 -, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (12).

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Na terça (11), o dólar fechou em leve alta, de 0,34%, depois de cair 4% na segunda-feira (10).