Bovespa fecha em alta, com a maior pontuação desde agosto

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia com alta de 0,98%, a 37.694 pontos - o maior patamar desde 7 de agosto. O volume de negócios foi de R$ 1,482 bilhão, em um dia de pouca liquidez em função do feriado americano do Dia do Trabalho. O dólar fechou em queda de 0,70%, a R$ 2,12, mesmo depois de um movimento de compra do Banco Central. Esta foi a menor cotação desde 11 de maio.

Os mercados de ação e de dólar deverão ficar estáveis no Brasil ao longo desta semana, com poucas oscilações. A inércia acontece também devido ao feriado do Dia da Independência do Brasil, na próxima quinta-feira.

Segundo o gerente da mesa de dólar da Corretora Liquidez, Francisco Carvalho, os mercados brasileiros estão muito ligados ao americano.

- Estamos em uma semana curta, com feriado e sem indicadores lá fora. Por isso, não devemos ter uma tendência definida, com investidores atentos ao fluxo de entrada ou de saída de recursos - avalia.

- O mercado tem trabalhado muito de olho no cenário externo, observando se haverá ou não um pouso forçado da economia americana. Além disso, na sexta-feira, estaremos de olho na divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) para saber se há sinais sobre o futuro das taxa s de juros no Brasil - completa.

A partir desta terça-feira, a expectativa dos analistas é de o retorno das férias no Hemisfério Norte poderá trazer de volta o fluxo de investimentos aos países emergentes.

Na semana passada, o governo dos EUA divulgou uma série de indicadores que influenciaram as cotações positivamente.

O índice que mede a confiança do consumidor no país foi melhor do que o esperado nas prévias de agosto. Além disso, o país informou a criação de 128 mil postos de trabalho no mês, contra 121 mil registrados em julho. Analistas de Wall Street previam um ganho de 125 mil empregos no período.

Nesta segunda-feira, a pesquisa Focus - feita com analistas de mercado semanalmente e divulgada pelo Banco Central - apontou para um crescimento de 3,2%, abaixo dos 4% previstos pelo presidente Lula. A previsão da inflação no ano caiu de 3,68% na semana passada para 3,63%.

No mercado futuro de juros, os contratos começam a se ajustar ao corte de 0,5 ponto percentual na taxa selic, para 14,25% ao ano. Aqueles com vencimento em janeiro de 2008 - os mais líquidos - projetaram taxa de 13,850% ao ano, com queda de 0,050%.