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Mercado financeiro

Bovespa fecha em alta, com novo recorde de pontos. Dólar caiu 0,89%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,89% nesta terça-feira - a maior variação desde 19 de janeiro - e atingiu o patamar recorde de 39.572 pontos. O volume financeiro foi de R$ 2,933 bilhões. O dólar comercial teve queda de 0,89%, cotado a R$ 2,115 para compra e R$ 2,117 para venda. O dólar comercial fechou em queda de 0,89%, cotado a R$ 2,115 para compra e R$ 2,117 para venda.

Bovespa

A Bovespa passou toda a jornada no território positivo, mas intensificou o ritmo de alta após a divulgação da ata da reunião de março do Federal Reserve, o banco central americano. O documento mostra que, para os diretores da instituição, o ciclo de aumento de juros, iniciado em junho de 2004, pode estar perto de chegar ao fim.

A ata também impulsionou os negócios em Wall Street. Próximo do fechamento, o índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, subia 1,76%, para 11,268 pontos. O Standard & Poor´s 500 avançava 1,74%, aos 1307 pontos. E o Nasdaq tinha alta de 1,95%, para 2.356 pontos.

As maiores altas da Bovespa foram de Brasil Telecom ON (+13,9%), Petrobras ON (+5,69%) e Unibanco UNT (+5,39%). Já a lista das maiores quedas foi liderada por Contax PN (-0,78%), Telemar ON (0,42%) e TIM Participações PN (-0,40%). Na jornada de segunda-feira, as ações ordinárias da Telemar haviam tido a maior valorização da bolsa paulista, 27,78%. As preferenciais, que hoje subiram 0,13%, haviam aumentado 5,65%.

Outro destaque foram as ações da Varig, que fecharam em alta de 45,8%. Após um vôo rasante na semana passada, os papéis da empresa arremeteram e iniciaram a semana numa impetuosa guinada para cima. Ontem, as ações preferenciais da empresa já haviam subido 24,13%.

A valorização nesses dois dias - de 81,03% - já foi suficiente para reverter as perdas da última semana. Nos últimos sete dias, as ações preferenciais da empresa acumulam alta de 14,13%. No balanço dos últimos 30 dias, porém, a Varig contabiliza baixa de 19,23% e, no ano, desvalorização de 25%.

Dólar

Os mercados tinham bom desempenho desde o início da sessão, mas foram impulsionados no meio da tarde com a divulgação da ata da reunião de março do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No documento, os diretores da instituição indicam que o ciclo de alta dos juros básicos dos Estados unidos pode estar próxio do fim. Essa perspectiva reforça a tendência de baixa do dólar, já que estimula os investimentos no Brasil, onde as taxas de juros ainda são bastante elevadas.

As bolsas dos Estados Unidos também dispararam. O índice Dow Jones sobe 1,55%, aos 11.245 pontos. O Nasdaq avança 1,59%, para 2347 pontos. E o Standard & Poor´s tem ganhos de 1,50%.

Os mercados já vinham em uma jornada favorável antes mesmo da divulgação da ata. Pela manhã, os investidores reagiram bem à divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) de março. O índice cheio teve variação de 0,5%, mas seu núcleo ficou praticamente estável (0,1%) e foi inferior às previsões dos analistas.

A perspectiva de término para o aperto monetário nos Estados Unidos reforça a tendência de baixa do dólar frente ao real, na medida em que os fluxos de investimentos tendem se manter constantes, atraídos pelas altas taxas de juros brasileiras.

Nesta terça-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou a reunião que decidirá a nova taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira. A aposta do mercado é por um corte de 0,75 ponto percentual, o que reduziria a taxa dos atuais 16,50% para 15,75% ao ano.

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