O mercado de ações doméstico acompanhou de perto o entusiasmo mundial com a bateria de notícias favoráveis de algumas das principais economias do planeta. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 1,99% no fechamento, aos 66.627 pontos.
Nas últimos dois meses, a Bovespa ultrapassou os 67 mil pontos, "desinflou" até os 60 mil e ontem voltou a encostar nos 67 mil pontos (a pontuação máxima do dia foi 66.896 pontos). Para profissionais de mercado, a instabilidade da bolsa é um sinal de que o mercado está cada mais "perigoso" para os investidores.
"O que aconteceu de um mês para cá? A decisão do G-20 [países mais desenvolvidos] de manter a política de dinheiro fácil. Isso significa que o mercado mundial está cheio de dinheiro barato, que está indo para a China, para o Brasil e os emergentes. O fluxo [de capital] está muito forte e contra isso, não há argumentos", comenta Antonio Cesar Amarante, gestor de investimentos da corretora Senso. "A bolsa pode subir mais ainda, e atingir patamares ainda maiores? Creio que sim. Agora, tudo o que sobe muito rápido, corrige rapidamente", sintetiza.
Entre as principais notícias do dia, o presidente do Fed (Federal Reserve, o BC americano), Ben Bernanke, disse que, embora o crescimento da economia dos EUA deva continuar em 2010, a expansão será menos robusta que o esperado. O titular do Fed, no entanto, reafirmou que a instituição continua a monitorar riscos de inflação na combalida economia americana. "Estamos atentos às implicações das mudanças no valor do dólar e continuaremos a formular políticas contra riscos às tarefas de estimular a criação de empregos e manter a estabilidade dos preços", disse ele.
O Japão também divulgou ontem crescimento acima do esperado, de 1,2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. Economistas esperavam alta de 0,6% na segunda maior economia do planeta.
Dólar
Nas operações do mercado de câmbio doméstico, o preço da moeda americana voltou a cair. Os agentes financeiros ainda trabalham com a perspectiva de novas medidas do governo a exemplo do IOF sobre capital estrangeiro que podem afetar a formação das cotações. Dessa forma, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,710, nas últimas operações de ontem, um declínio de 0,69% sobre a cotação da semana passada.
SucessoO presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou que o momento de estabilidade da economia brasileira abre espaço para investimentos de longo prazo. Ele citou a condição diferenciada que o Brasil tem em relação a outras economias emergentes, já que o país conta com potencial de crescimento econômico e tem segurança jurídica e institucional. "Agora, o desafio é administrar o sucesso, o que também gera custos", afirmou.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast