São Paulo A ausência da Bolsa americana esvaziou os negócios da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ontem. O Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,97%, aos 52.119 pontos, com giro de R$ 1,58 bilhão, muito abaixo do giro médio financeiro (R$ 3,7 bilhões).
O noticiário doméstico ganhou força com o feriado nos EUA ("Memorial Day"), que tirou de cena as Bolsas americanas, a principal referência externa da Bovespa.
O mercado começa a formar consenso de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deva reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, atendendo a um cenário econômico bem mais favorável. Uma parcela ainda reduzida de analistas aposta em um corte ainda maior: 0,75 ponto porcentual.
Entre outras notícias, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou financiamento de R$ 1,5 bilhão para a operadora de telefonia móvel Vivo concluir a rede com tecnologia GSM e expandir a capacidade de tráfego nas regiões já cobertas pela companhia. Esse é o terceiro maior financiamento liberado pelo BNDES para uma empresa de telecomunicação. A ação preferencial valorizou 1,6%.
Política
A bolsa brasileira continua a passar praticamente incólume pelo mais novo escândalo político, envolvendo empreiteiras, com respingos no Planalto e no Congresso Nacional. O destaque da agenda política de ontem foi o discurso do presidente do Senado, Renan Calheiros, que procurou rebater as últimas denúncias contra ele. As palavras de Calheiros, no entanto, não abalaram o mercado.