A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,57%, aos 53.786 pontos pelo Ibovespa, índice de referência do mercado. Em Wall Street, o Dow Jones - principal índice da Bolsa de Nova York - avançou 2,97%. O Nasdaq registrava alta de 4,29% por volta das 17h30m.
Os mercados operaram a maior parte do dia na expectativa de que o presidente o Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, pode anunciar uma terceira rodada de medidas para ajudar a economia na próxima sexta-feira, quando participa de evento em Jackson Hole, em Wyoming. "O mercado criou essa expectativa, que me parece ilusória. Vejo mais uma recuperação, após alguns dias de maré muita negativa", afirma André Perfeito, economista da Gradual Investimentos.
Também puxou a alta um relatório da Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), que mostrou uma queda no número de bancos na "lista de problemas" nos EUA: de 888 para 865 no segundo trimestres deste ano.
As "blue chips", ações com maior peso no Ibovespa, foram as que mais contribuem para os ganhos do pregão. As ações preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras avançaram 2,59%, a R$ 20,16, acompanhando a alta do barril de petróleo no mercado externo. Já os papéis preferenciais da Vale subiram 2,90%, para R$ 38,60.
O setor de siderurgia também foi destaque na Bolsa, como as preferenciais da Gerdau (5,98%, a R$ 13,20) e as ordinárias (ON, com voto) da CSN (6,26%, a R$ 14,75). Esta última teve sua recomendação elevada pela JP Morgan nesta terça-feira.
Pela manhã, o mercado chegou a operar no campo negativo, descolado das bolsas internacionais. Ações dos bancos passavam por ajustes, refletindo as perdas de seus pares estrangeiros nos últimos pregões. Mas, com exceção das units do Santander (-2,52%, a R$ 13,91), os papéis recuperaram-se na parte da tarde.
Segundo operadores, o terremoto de 5,9 graus que sacudiu por volta das 15h20 parte da costa leste dos Estados Unidos não teve impacto sobre as Bolsas. O tremor provocou o esvaziamento do Pentágono, do Capitólio e de algumas partes da Casa Branca, em Washington.