O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), após oscilar bastante durante o dia, fechou em ligeira alta. As ações da Vale, que no pregão anterior despencaram 7,7% e derrubaram o Ibovespa, fecharam em nova queda, de 2,73% (os papéis preferenciais, que são os mais negociados). O dólar fechou em baixa de 0,82%, a R$ 1,825 .

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Apesar da nova queda da Vale, que tem grande peso no índice, o Ibovespa registrou alta de 0,51%, para 60.407 pontos depois de ter caído a 59.536 pontos e subido a 61.080. O volume financeiro foi de R$ 5,348 bilhões.

Em Nova York, a bolsa também oscilou entre os terrenos negativo e positivo mas fechou em ligeira alta. O índice Dow Jones subiu 0,04% e o SP 500, 0,21%. A bolsa eletrônica Nasdaq teve alta de 0,15%.

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O analista Gustavo Barbeito, da Prosper Gestão, avalia que a queda da Vale foi motivada pela realização de lucros, com investidores vendendo os papéis para embolsar os ganhos com os papéis que haviam disparado no último mês. Segundo ele, os investidores que estão vendendo os papéis da mineradora para procurar ações de empresas que ainda não subiram tanto e que ainda têm potencial de mais valorização.

- Tem um giro também em direção a ações que não têm tanta liquidez. Entre eles, tem papéis de empresas do setor de consumo - acrscentou.

As ações da Vale começaram a cair na quarta-feira, após o banco JP Morgan rebaixar a recomendação do papel de "compra" para "neutra". Com isso, houve forte venda dos papéis, que foram responsáveis por mais de 20% do movimento da Bovespa. Somente na segunda-feira, as ações PN da Vale tinham registrado alta de 6,5%. Em setembro, se valorizaram 28%.

Na avaliação do economista-chefe da Ágora Corretora, Álvaro Bandeira, a grande volatilidade do Ibovespa no dia foi influenciada pelas pressões entre a realização de lucros de quem já lucrou com as recentes altas e a forte entrada de recursos de novos investidores.

Expectativa por dados de emprego nos EUA alimentou volatitilidade

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O economista-chefe Lopes Filho, Julio Hegedus Netto, explica que a volatilidade também é provocada pela expectativa em relação à divulgação dos números de criação de postos de trabalho nos Estados Unidos, que será divulgado nesta sexta. O número é um importantes indicador da economia americana e deve influenciar a decisão do Fed (banco central dos EUA) sobre a taxa de juros.

Na agenda de indicadores econômicos dos Estados Unidos, foi divulgada queda nas encomendas à indústria dos Estados Unidos de 3,3% em agosto, segundo o Departamento de Comércio do país. Um mês antes, houve incremento de 3,4% (número revisto). Foi a queda mais expressiva nos pedidos em sete meses. Muitos economistas aguardavam recuo de 2,6%.

Outro dado econômico que os investidores avaliam nesta sessão é o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que aumentou na semana passada em 16 mil, para 317 mil.