A Bovespa começou maio no azul, apoiada pelos ganhos das blue chips OGX e Petrobras, em meio a ajuste de posição de estrangeiros nesta sessão pós-feriado.
O Ibovespa subiu 0,98%, a 62.423 pontos. O pregão teve giro financeiro de R$ 7,68 bilhões. Em abril, o índice caiu 4,17%, o pior resultado em sete meses.
OGX deu um salto de 5,82%, a R$ 14,00. Segundo operadores, a inclusão do papel em carteiras recomendadas de diversas corretoras para o mês de maio contribuiu para o avanço do papel na sessão.
A preferencial Petrobras subiu 3,33%, a R$ 22,00, puxada por rumores de possível reajuste no preço da gasolina, disse Luiz Roberto Monteiro, operador de renda variável na Renascença.
"Muita gente estava vendida em Petrobras e hoje as corretoras ligadas a capital estrangeiro são as maiores compradoras do papel", afirmou. "É uma reposição em função da expectativa de um possível aumento nos preços dos combustíveis", disse Monteiro.
A construtora MRV também contribuiu para o avanço do índice, com alta de 5,05%, a R$ 11,65. O BTG Pactual adicionou a MRV à carteira recomendada para maio, avaliando que "embora o setor esteja enfrentando muitos desafios, depois das recentes vendas, vemos uma chance para entrar", segundo relatório assinado por Carlos Sequeira, Bernardo Miranda e Antonio Junqueira.
"A curva de juros está beneficiando os papeis de construtoras e consumo, mais influenciados pelo impacto de queda de juros no mercado doméstico", disse Gustavo Mendonça, economista na Oren Investimentos. Lojas Renner subiu 3,66%, a R$ 63,51. Hering avançou 3,09% por cento, a R$ 48,76.
O que impediu um desempenho melhor do Ibovespa foi o setor bancário, com destaque para Banco do Brasil, que caiu 2,71%, a R$ 22,94. Itaú Unibanco cedeu 2,47%, a R$ 29,24. Fontes do governo afirmaram à Reuters que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar na quinta-feira mudanças nas regras da caderneta de poupança.
No cenário externo, o índice Dow Jones, referencial do mercado acionário dos Estados Unidos, fechou em baixa de 0.08%, com dados que mostraram que o setor privado norte-americano contratou menos que o esperado em abril. Na Europa, o principal índice da região caiu 0,42%.
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