A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,51% nesta sexta-feira, aos 37.942 pontos. Na semana, porém, teve perda de 1,77%, refletindo principalmente a queda de 4,54% da quarta-feira, a maior desde maio de 2004. O dólar comercial subiu 1,38%, vendido a R$ 2,284, e acumulou valorização de 1,92% na semana.
O mercado repetiu nesta sexta-feira a volatilidade que o acompanha desde o dia 10 de maio, quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) aumentou a taxa básica de juros do país e deflagrou uma onda de turbulência nas bolsas de todo o mundo. O dólar abriu em queda e, ao longo da manhã, chegou a recuar 1,81%. Já a Bovespa subiu, desceu e tornou a avançar, sem uma razão efetiva para o vaivém. Às 18h09m, o risco Brasil tinha alta de 4,96%, aos 262 pontos centesimais.
- O mercado está muito volátil. Se você for procurar motivo para explicar a alta ou a queda, não vai encontrar - comentou Tommy Taterka, operador da corretora Concórdia.
Como ele, a maioria dos analistas prevê que a instabilidade continuará pelo menos até o dia 30 de junho, data da próxima reunião do Fed. Os indicadores da economia americana são acompanhados de perto, com ansiedadem, mas geram interpretações divergentes. Na manhã desta sexta-feira, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou que o número de vagas geradas em maio foi bem menor do que o previsto, o que atenua os temores de novas altas nos juros do país. No entanto, após meia hora de bom desempenho, a Bolsa de Nova York entrou em queda, e a justificativa mais ouvida era de que o desaquecimento da economia americana poderia estar ocorrendo de forma preocupante.
Outro fato citado pelos analistas foi a queda da lira turca, ocorrida após a divulgação de dados frustrantes de inflação. Por também ser um mercado emergente, o Brasil tende a ser influenciado por eventos ocorridos na Turquia.
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