A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) refletiu o otimismo de Wall Street com novos sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos e fechou no azul pela quinta sessão seguida, chegando ao maior patamar em 22 meses. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou com alta de 1,09%, aos 71.136 pontos.
O nível do fechamento desta quinta-feira (1) é o maior em 22 meses. O investidor seguiu comprando movido por sinais de retomada da economia norte-americana e previsões animadoras de analistas para commodities. O giro financeiro do pregão somou R$ 6 bilhões.
A divulgação de que a indústria dos EUA cresceu em março na velocidade mais rápida em mais de cinco anos e que os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram, como esperado, na semana passada, levantou esperanças de que o país esteja caminhando para uma recuperação sustentada.
No plano doméstico, essa visão otimista da economia foi corroborada com a notícias de que a produção da indústria brasileira cresceu 1,5% em fevereiro, acima da média das projeções de analistas, e de que as vendas de automóveis atingiram novo recorde mensal.
"A produção industrial foi um número surpreendente; põe o país em rota de expansão forte", disse Gabriel Goulart Ferreira, analista econômico da Mercatto Investimentos.
Simultaneamente, as commodities tiveram outro dia positivo, na esteira de relatórios de casas de investimentos reiterando o otimismo com o desempenho do setor nos próximos meses. No caso brasileiro, isso se traduziu em renovadas apostas na Petrobras e na Vale, como o fizeram Bradesco Corretora, Itaú Corretora e Morgan Stanley.
A mineradora, que confirmou nesta quinta-feira que fechou acordo para que 90% de seus contratos de venda de minério de ferro passem por reajustes "flexíveis", viu sua ação preferencial subir 0,81%, a R$ 49,95.
Como de praxe, as fabricantes de aço acompanharam a performance da gigante de minério. O papel preferencial da Gerdau subiu 3,5%, a R$ 29,92.
Já o papel preferencial da Petrobras ganhou 1%, saindo a R$ 35,75, na cola da ascensão do barril do petróleo para a casa dos US$ 85.