A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 2,55%, num dia de realização de lucros após a alta acentuada da véspera e de preocupações geradas pela divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O documento indicou incerteza significativa sobre o futuro dos juros nos EUA.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,73%, influenciado pela presença do Banco Central nos negócios. Além do leilão de swap cambial reverso realizado nesta quinta-feira, o BC comprou divisas nas operações à vista, mesmo com as cotações em alta desde a manhã. A moeda fechou o dia negociada a R$ 2,1910 na compra e R$ 2,1930 na venda.
Bolsas
A trajetória declinante nos pregões em Nova York , acentuada por novos indícios de desaceleração da atividade nos Estados Unidos, ajudou nos ajustes locais. Menos crescimento pode ser favorável para a queda dos juros, mas é negativo para as empresas, logo para o segmento acionário.
O Ibovespa terminou com queda 2,55%, aos 35.846 pontos, na mínima do dia, após alcançar a máxima de 37.043 pontos O volume financeiro somou R$ 1,706 bilhão.
Além de sugerir incertezas quanto ao rumo do juro nos Estados Unidos, a ata do Fed voltou a enfatizar o cenário de moderação no ritmo de crescimento econômico, o que trouxe certo desconforto. Logo cedo, o instituto Conference Board também divulgou nesse sentido uma alta de 0,1% no índice de indicadores antecedentes, quando se previa um avanço de 0,2%.
Tal cenário, aliado a notícias desfavoráveis de algumas empresas, como a Intel, reforçou o movimento de vendas nas bolsas americanas, acentuando a queda no pregão paulista. Após subirem 1,96% e 1,86%, respectivamente, ontem, o Dow Jones caiu 0,76% e o S & P500 perdeu 0,85%, nesta jornada. As bolsas européias fecharam com tendência mista.
No noticiário corporativo, depois de um longo tempo de crise e de chegar à beira da falência, a Varig finalmente foi vendida. A VarigLog, única participante do leilão, arrematou a chamada "nova" Varig pelo preço mínimo de US$ 24 milhões - o correspondente a R$ 52,324 milhões, pelo câmbio de hoje. As ações PN da Varig, que não fazem parte do Ibovespa, caíram 32,71%, para R$ 2,55.
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