A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou em leve queda um dia em que o nervosismo predominou no mercado brasileiro. No fim do dia, o índice Ibovespa - referência para o mercado nacional - teve baixa de 0,61%, terminando aos 50.622 pontos.
Durante a manhã, o índice chegou a cair quase 2,3%, ficando bem abaixo da "marca psicológica" de 50 mil pontos, que o Ibovespa não perdia desde meados de junho. O volume de negócios voltou a ser reduzido, ficando em R$ 3,9 bilhões, abaixo da média das últimas semanas.
Perto do fechamento do mercado, a agência de risco de crédito Moody's informou que analisa um possível aumento da nota da dívida brasileira, atualmente em "Ba1" (um nível abaixo do chamado "grau de investimento"). A revisão, segundo comunicado, leva em conta a força que a economia nacional mostrou diante da crise econômica.
Segundo o diretor da Indusval Corretora, José Costa Gonçalves, os investidores estão mais cautelosos à espera da temporada de balanços do segundo trimestre, que segundo ele "não devem vir tão bons".
Com os temores sobre a economia global, uma queda no preço das commodities atingia as ações mais negociadas da bolsa brasileira nesta segunda. O índice de commodities apontava queda de 1,5%, o que prejudicou o desempenho das "blue chips" Vale e Petrobras no dia.
Outros mercados
As bolsas norte-americanas fecharam sem direção definida, mas acima das mínimas do meio do dia, influenciando o resultado final da Bovespa. No fim do pregão, o índice Dow Jones, referência para Wall Street, teve ganho de 0,53%, para 8.324 pontos, enquanto o indicador de tecnologia Nasdaq caiu 0,51%, para 1.787 pontos.
As bolsas de valores da Europa encerraram em queda pela terceira sessão consecutiva. O índice FTSEurofirst 300, referência das principais praças da região, caiu 1,13%, para 833 pontos.
Na Ásia, a segunda-feira terminou sem direção única.
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