A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa nesta terça-feira (21), em um pregão marcado pela instabilidade. Após alternar sinalizações de alta e baixa diversas vezes, o indicador Ibovespa - referência para o mercado nacional - terminou o dia com desvalorização de 1,01%, aos 39.043 pontos.
No início dos negócios, a bolsa chegou a recuar mais de 4%, seguindo o quadro negativo vindo dos EUA, onde diversas empresas como a fabricante de químicos DuPont, o banco Bancorp e a Texas Instruments apresentaram balanços corporativos negativos.
As cotações reagiram com os sinais de restabelecimento da liquidez nas operações interbancárias, que eram percebidas com a redução de "spreads" nos negócios com títulos do Tesouro dos Estados Unidos e com a taxa inglesa Libor.
No entanto, a bolsa não conseguiu sustentar a reação e, próxima ao encerramento da sessão, voltou para o vermelho, seguindo os indicadores de Nova York. Nos EUA, por volta das 17h45, o índice Dow Jones apontava queda de 1,75%, enquanto o S&P caía 2,22% e o Nasdaq perdia 3,16%.
Panorama externo
Na Argentina, o índice Merval da Bolsa de Buenos Aires desabou e terminou o dia em queda de 10,99%, reagindo negativamente ante o projeto de estatização do sistema de previdência privada anunciado pela presidente Cristina Kirchner.
Na Europa, após operar em alta a maior parte do dia, os mercados inverteram sua rota com a divulgação de resultados corporativos negativos e fecharam em baixa. A exceção foi o mercado de Paris, que teve uma leve valorização nesta terça.
Na Ásia, o pregão também teve resultados diferentes. Por um lado, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 3,34%. No entanto, outros mercado registraram perdas: a bolsa de Hong Kong fechou em baixa de 1,84%, enquanto a de Xangai também registrou leve desvalorização de 0,78%.