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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou o mercado americano no fim da tarde desta quarta-feira e fechou em ligeira queda, depois de ter passado a maior parte do dia em alta. O dólar fechou em baixa de 0,83%, para R$ 1,909, puxado pela desvalorização da moeda americana no mercado internacional, que atingiu o nível mais baixo da história na comparação com o euro, batendo US$ 1,39, por causa da crise do mercado imobiliário americano.

O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, fechou em baixa de 0,07%, aos 53.883 pontos, com volume financeiro de R$ 4,327 bilhões. O risco-país caiu 1,43%, para 207 pontos, segundo dados preliminares.

As bolsas americanas oscilaram o dia todo entre os terrenos negativo e positivo. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,13% e o eletrônico Nasdaq caiu 0,21%. Já o índice SP 500 fechou estável, sem variação em relação ao encerramento da sessão anterior.

O Ibovespa se descolou ligeiramente durante o dia da Bolsa de Nova York devido ao crescimento de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, anunciado pela manhã . Entretanto, no fim da tarde pesou mais o clima pessimista do mercado internacional.

- O Mercado americano está oscilando em função das expectativas se o Fed (banco central americano) vai cortar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual ou mais - avaliou Álvaro Bandeira, diretor da Ágora Corretora.

A alta do petróleo também foi apontada como um dos motivos para o mau desempenho da bolsa americana.

O economista-chefe da consultoria Lopes Filho, Julio Hegedus Netto, avalia que a alta do petróleo pode pressionar o Fed (banco central americano) a não cortar a taxa básica de juros, como espera o mercado para tentar aquecer a economia do país e conter a crise do crédito imobiliário.

O economista da Lopes Filho concorda que o PIB influenciou positivamente o pregão na Bovespa, mas ressaltou que o determinante mesmo é o desempenho dos mercados internacionais. O economista avalia que o resultado do PIB foi bom, apesar de ter ficado mais próximo do piso das previões.

- O resultado do PIB mostra que há uma retomada do crescimento da economia, puxada pela recuperação da renda e pela alta do crédito. É positivo - avaliou o economista-chefe da Lopes Filho.

Entre as ações, os papéis da Petrobras tiveram destaque puxados pela alta do petróleo. As PN da estatal registraram alta de 0,75%, para R$ 54,71.

Ainda nesta quarta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) injetou mais 75 bilhões de euros (US$ 103,5 bilhões) no sistema financeiro. A autoridade ofereceu créditos com taxa de juros mínima, denominada marginal, de 4,35% em uma operação extraordinária de refinanciamento com vencimento de 91 dias .

Outro dado que influenciou os mercados, foi a alta dos pedidos de hipotecas nos Estados Unidos na semana passada, divulgada também nesta quarta-feira .

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