Na esteira do mercado americano, a Bolsa de Valores de São Paulo registrou novo recorde nesta segunda-feira, encerrando os negócios aos 55.371 pontos. O Ibovespa subiu 1,80%, com volume financeiro de R$ 3,812 bilhões.
O dólar, por sua vez, recuou 0,67%, negociado a R$ 1.9170, enquanto o risco-país encerrou o dia em queda de 2,48%, aos 157 pontos básicos.
Segundo o analista de investimentos do Banco Modal, Eduardo Roche, há uma conjunção de fatores positivos que leva ao bom resultado da bolsa. Ele cita a divulgação, nos Estados Unidos, do índice de atividade manufatureira, que ficou em 56 em junho. No mês anterior, o indicador havia ficado em 55 pontos.
Qualquer leitura acima de 50 indica crescimento do setor. Em função da boa notícia, o Dow Jones subiu 0,95%, aos 13.535 pontos; o Nasdaq teve alta de 1,12%, a 2.632,30 pontos; o S&P, por sua vez, teve alta de 1,07%, a 1.519,43 pontos.
- O indicador veio totalmente dentro do esperado. Além disso, a semana será marcada pelo feriado de 4 de julho nos Estados Unidos na quarta-feira e pela divulgação do pay-roll (folha de pagamentos) na sexta. A princípio, é uma semana em que o mercado opera sem muita pressão - diz Roche.
O diretor da Ágora Corretora, Álvaro Bandeira, destacou que a bolsa vive um momento muito bom, com tranqüilidade e excelente performance. O Ibovespa subiu 22,3% no primeiro semestre do ano, contra alta pouco acima de 7% do Dow Jones.
Entre os destaques da Bovespa nesta segunda-feira estiveram os papéis da NET, que subiram 2,62%, a R$ 32,84. A agência classificadora de risco S&P anunciou ter elevado a nota da Globo Comunicação e Participações de BB para BB+ , o que deixa a empresa apenas um grau abaixo do nível de recomendação de investimentos.
Também foram destaque as ações preferenciais da Braskem (4,87%), as ordinárias da ALL (alta de 4,67%) e da Sabesp (3,76%). As ações preferenciais da Companhia Vale do Rio Doce subiram 2,75%, a R$ 74,49.
No cenário doméstico, o Banco Central divulgou sua pesquisa semanal Focus, contendo estimativas do mercado sobre indicadores da economia. Analistas projetam uma expansão do Produto Interno Bruto de 4,34% neste ano, acima dos 4,30% da pesquisa anterior.
A expectativa de inflação para 2007 é de 3,64%, com aumento em relação aos 3,60% previstos na pesquisa anterior.