A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa nesta terça-feira de pregão reduzido por conta do jogo do Brasil na Copa, acompanhando o fraco desempenho de Wall Street, onde pesou a preocupação com o rumo dos juros americanos. O Ibovespa recuou 0,74%, para 34.376 pontos.
O dólar comercial encerrou os negócios desta terça-feira em leve alta, refletindo o tom negativo dos mercados externos. O jogo da seleção, às 12h, reduziu não só o tempo da sessão mas também o volume de negócios, disseram analistas. Após operar em leve baixa na parte da manhã, a moeda americana terminou o dia com avanço de 0,22%, a R$ 2,2370.
O risco-país, termômetro que mede a confiança dos investidores na economia brasileira, fechou em alta de 0,76%, com 266 pontos.
A preocupação com os rumos dos juros nos Estados Unidos e a expectativa em relação aos balancetes semestrais das empresas concentram as atenções do mercado nesta terça-feira. Esse quadro deve perdurar, pelo menos, até o fim da semana.
- O cenário atual ainda não é muito favorável para as bolsas, que vivem uma fase de correção muito grande por causa dos juros nos Estados Unidos. Assim, até o fim da semana, não deveremos ter altas muito significativas - avalia o responsável pela área de renda variável do Banif Primus Banco de Investimento, Nami Neneas.
No seu entender, neste momento, os investidores estão mais preocupados com a ata do comitê de política monetária do Fed(Fomc), na próxima semana, que poderá sinalizar, ou não, novos aumentos na taxa. Segundo Neneas, se houver a indicação de que a taxa não chegará aos 6% em agosto, então o mercado se animará novamente.
- Além disso, internamente, temos a expectativa de bons resultados de empresas nos balancetes do segundo trimestre do ano. Dentre as empresas que deverão atrair a atenção estão Vale do Rio Doce e Petrobras, além do setor de bancos - acrescenta Nami Neneas.
Juros
A preocupação com o rumo dos juros nos Estados Unidos, que será definido dentro de 48 horas, e a interrupção das atividades por três horas nesta terça-feira, devido ao jogo do Brasil na Copa, fizeram a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMeF) encerrar com poucos negócios e juros futuros dentro de patamares estáveis.
O DI julho de 2006 permaneceu estável, em 15,18% ao ano. O DI janeiro de 2007 foi fixado em 14,76%, também estável. O DI para abril de 2007, igualmente estável, foi fixado em 14,84%. Por sua vez, o DI para janeiro de 2008 - de maior liquidez -, passou para 15,54%, com alta de 0,32%.
