O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta terça-feira (10), pressionado principalmente pelas ações da mineradora Vale e da Petrobras, conforme permanecem incertezas sobre o balanço auditado e o rumo da petroleira após troca de comando.
O Ibovespa caiu 1,77%, a 48.510 pontos, após avançar 0,84% na máxima do dia. O volume financeiro do pregão alcançou R$ 6,2 bilhões.
Os papéis da Petrobras chegaram a subir 5,6% na primeira etapa dos negócios, ampliando os ganhos da véspera, em uma manhã com noticiário intenso sobre a empresa, incluindo cenários para a publicação do balanço auditado.
Mas o fôlego não durou e as preferenciais fecharam em queda de 3,88% e as ordinárias com recuo de 4%, em meio a notícias desfavoráveis sobre a produção da estatal.
Na carta mensal do Fundo Verde FIC FIM, do gestor Luis Stuhlberger, a Verde Asset Management também disse que durante o ano as conversas sobre a perda do grau de investimento pela Petrobras voltarão e que a necessidade de uma capitalização também virá à tona.
"De qualquer forma, no curto prazo achamos que a posição técnica do mercado pode levar o preço do petróleo para algo entre U$ 60 e US$ 70, o que num primeiro momento poderá favorecer a Petrobras", observou o primeiro relatório mensal enviado a investidores desde a separação do fundo do Credit Suisse.
Vale
As ações da mineradora Vale fecharam em queda de 4,78%, devolvendo os ganhos de mais de 4% da véspera, e exercendo a maior pressão de baixa no Ibovespa.
Em entrevista à Reuters, o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, estimou que o preço do minério de ferro deve ficar acima de US$ 70 por tonelada no segundo trimestre e na maior parte do ano.
Bancos
Bancos reforçaram o viés de baixa, com Banco do Brasil, que divulga o seu resultado trimestral na quarta-feira, à frente, caindo 3,34%. Projeções apuradas pela Reuters apontam lucro recorrente de R$ 2,9 bilhões no quarto trimestre.
Os papéis de empresas de educação também sofreram nesta terça-feira, com a Kroton perdendo 3,74% e Estácio caindo 3,19%. O Ministério da Educação reiterou que não negociará a exigência de média de 450 pontos nas provas do Enem para garantir o acesso ao programa de financiamento ao ensino superior Fies, embora tenha dito que está discutindo os repasses às empresas de ensino.