Atualizado em 10/04/2006 às 20h06

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a segunda-feira em baixa, em um dia de realização de lucros.De acordo com dados preliminares, o Ibovespa fechou em baixa de 1,27%, aos 38.432 pontos, acima dos contratos de índice negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros, que fecharam a 38.430 pontos. O dólar comercial fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 2,156 para compra e R$ 2,158 para venda.

A realização de lucros na bolsa ganhou mais intensidade, segundo operadores, por fatores conjunturais de mercado: o vencimento na BM&F, na quarta-feira, e o exercício de opções, na segunda, com a distância entre os dois encurtada por um feriado. A disputa em mercados derivativos deixou parte do mercado retraída e o volume financeiro ficou abaixo da média dos últimos meses, em cerca de R$ 1,86 bilhão.

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Câmbio

A alta do dólar foi influenciada pelo cenário externo, que continua desfavorável para os mercados emergentes. Apesar de ter uma ligeira queda nesta tarde, o rendimento dos Treasuries de dez anos continua elevado, a 4,969%, destacaram operadores. Com isso, os papéis brasileiros perdem um pouco da atratividade. O risco-país subia um ponto, para 246 pontos-básicos sobre os Treasuries.

- O mercado de câmbio está totalmente ligado e olhando para o mercado externo - resumiu o gerente de câmbio do banco Prosper, Jorge Knauer.

- Não é nem dizer que o dólar sobe, a volatilidade que é grande, fica difícil tomar uma posição (para cima ou para baixo) - acrescentou.

Nesta segunda-feira, o dólar oscilou entre queda de 0,09% e alta de 0,42%. A moeda começou a subir depois de o Banco Central realizar um leilão de compra no mercado à vista no início da tarde. A autoridade monetária aceitou 13 propostas feitas por dez bancos, com taxa de corte fixada em R$ 2,151. Antes do leilão, o dólar era negociado no mesmo preço de fechamento da sessão anterior, a R$ 2,150.

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O gerente destacou que o fluxo de ingressos de recursos permanece forte, especialmente com a balança comercial apresentando bons números.

- Mas evidentemente a variável dólar não é ditada só por esse fundamento. O principal fundamento tem sido nos últimos dias o risco, que é diretamente influenciado pela taxa de juro americana (dos Treasuries) - completou Knauer.

Dados divulgados nesta manhã mostraram que a balança comercial registrou superávit de US$ 1,296 bilhão na primeira semana de abril.

O operador de câmbio Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy, lembrou que o declínio do dólar por seis sessões seguidas diminuiu o apetite para venda dos investidores.

- O mercado está com ressaca da semana passada... teve seis quedas consecutivas, é normal que se faça um ajuste - disse o operador.

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- Mas por enquanto o mercado está muito atento ao cenário lá fora. É o que tem contribuído bastante para o andamento do mercado aqui - completou Vogeler, citando a expectativa de continuidade do aumento dos juros nos Estados Unidos.

No campo interno, o operador também relatou uma certa cautela com o cenário político, especialmente por ser ano de eleições presidenciais.

Risco

O risco-país subiu 0,82% nesta segunda-feira, para 245 pontos. Os principais títulos da dívida externa recuaram. O Global 40 caiu 0,10%, para 127,50% de seu valor de face, e o A Bond teve desvalorização de 0,12%, para 107,25% de seu valor de face.