A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda nesta quinta-feira (19) pelo segundo dia consecutivo. O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, teve queda de 0,28%, aos 66.327 pontos.
A Bovespa caiu seguindo o mau desempenho dos mercados globais antes do feriado prolongado; não haverá pregão nesta sexta-feira (20) por conta do Dia da Consciência Negra. O giro financeiro da sessão somou R$ 5,7 bilhões.
Na semana, o Ibovespa ganhou 1,53%. Na terça-feira (17), o índice atingiu seu maior patamar do ano, de 67.405 pontos.
As bolsas dos EUA reagiram com pessimismo a um relatório do Bank of America Merrill Lynch reduzindo a previsão para 2010 da indústria global de semicondutores e a queda das commodities, em reação ao fortalecimento do dólar pesaram sobre os negócios.
Ações das companhias de meios de pagamento, como Redecard e Cielo (ex-VisaNet) estiveram, pelo segundo dia seguido, entre as maiores perderdoras da bolsa, depois de o Santander Brasil ter informado que está em negociações avançadas para operar no setor. As ações da Redecard integram o Ibovespa, enquanto as da Cielo estão fora da carteira teórica.
As perdas do Ibovespa só não foram maiores devido à força dos papéis da Petrobras, que fecharam no azul, a despeito da queda na cotação do petróleo no exterior.
O mercado avaliou também nesta quinta o anúncio feito na quarta-feira (18), pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, do início da cobrança de Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% para a compra de recibos de ações de empresas brasileras negociados no exterior, os chamados ADRs.
Segundo o ministro, a medida tem por objetivo promover uma "equalização" de condições em relação aos investimentos feitos na bolsa de valores de Nova Iorque. Após o estabelecimento da alíquota do IOF de 2% para aplicações de investidores estrangeiros em bolsas de valores e em renda fixa, que foi anunciada em 19 de outubro, os estrangeiros podiam aplicar seus recursos nas ADRs e obter o mesmo rendimento dos papéis negociados no Brasil sem pagar o IOF adicional - o que foi considerado uma "brecha" por especialistas.
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