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Bovespa fecha em recorde histórico e recupera perdas da crise

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) bateu mais um recorde de alta nesta segunda-feira, puxada pelo desempenho das ações da Vale do Rio Doce e da Petrobras, que fez o mercado brasileiro ter um comportamento diferente do americano, que caiu. O recorde aconteceu após o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, encerrar a semana passada com valorização acumulada de 5,72%, puxada pela decisão do Fed (banco central dos EUA) de cortar os juros em 0,5 ponto percentual na semana passada.

O Ibovespa fechou em alta de 1,59%, para 58.719 pontos, o patamar mais alto da história. O recorde anterior foi alcançado em 19 de julho, período anterior às turbulências iniciadas com a crise das hipotecas americanas e quando fechou aos 58.124 pontos. O volume financeiro era de R$ 4,796 bilhões.

As ações PN da Vale do Rio Doce subiram 5,26%, para R$ 49,74, e as PN da Petrobras tiveram alta de 2,56%, para R$ 60,00. Os papéis das duas empresas juntos têm peso de cerca de 30% do Ibovespa.

- A Bovespa se descolou totalmente de Nova York principalmente pela alta das ações da Vale. Foram divulgados resultados muito bons das concorrentes da empresa nesta segunda. Então, isso puxou os papéis da Vale - afirmou Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schain.

O dólar oscilou entre os terrenos negativo e positivo, mas fechou em alta de 0,11%, a R$ 1,871. O risco-país subia 1,18%, para 172 pontos.

- o dólar teve uma ligeira recuperação que foi um ajuste por causa das quedas da semana passada- completou Campos Neto.

Na avaliação de Álvaro Bandeira, economista-chefe da Ágora Corretora, não há importantes indicadores da economia americana divulgados nesta segunda-feira. Mas, no Brasil, ele lembra que na semana passada entraram muitos recursos estrangeiros no país, após a redução dos juros do Fed, e que isso influencia positivamente a Bovespa.

Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,44% e o SP 500 caiu 0,53%. O eletrônico Nasdaq recuou 0,12%. Na Europa, as principais bolsas tiveram tendências opostas. O FTSE, de Londres, subiu 0,14%, o DAX, de Frankfurt, caiu 0,08% e o CAC, de Paris, recuou 0,14%.

Para o economista-chefe do Banco Schain, a queda no mercado americano foi um ajuste depois das altas da semana passada, puxada ainda pela queda de papéis das empresas do setor financeiro.

Entre as notícias que influenciam o mercado americano também está mais uma operação de crédito do Fed no sistema financeiro americano. A autoridade monetária injetou mais US$ 10 bi em operações de recompra "overnight".

Nesta segunda-feira, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, disse que a maior parte do impacto da crise global de crédito será sentida em 2008 e os Estados Unidos serão fortemente atingidos.

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