Após um dia de grande volatilidade, a Bovespa encerrou esta quinta-feira (30) no menor nível em mais de seis meses, arrastada pelas ações da Vale e Petrobras e com investidores repercutindo indicadores econômicos dos Estados Unidos. O Ibovespa recuou 0,66%, a 47.244 pontos, seu menor patamar desde 16 de julho de 2013. O giro financeiro do pregão somou R$ 5,8 bilhões.

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As duas blue chips da bolsa foram as maiores pressões negativas sobre o índice, com a preferencial da Petrobras chegando a cair mais de 1% na mínima, depois que o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que o governo fará neste ano a revisão do contrato de cessão onerosa com a estatal.

Na véspera, a ação da Petrobras já havia fechado no menor patamar desde o fim de 2008, a R$ 14,80. A Vale também recuou, devolvendo parte da alta da véspera. As ações da empresa haviam avançado devido à recente valorização do dólar ante o real, que tende a favorecer companhias de perfil exportador, e ao sucesso na demanda pela emissão de debêntures da companhia. "Ontem (quarta) ela (a preferencial da Vale) subiu mais de 3 por cento, mas nada mudou para a empresa. Ela só vai subir com consistência se houver notícias positivas sobre a China e o minério (de ferro)", disse o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos.

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O Ibovespa teve um dia de intensa de volatilidade. O índice operou no vermelho durante parte da manhã, refletindo dados fracos da China e após o banco central norte-americano ter reduzido seu programa de estímulos.

Contudo, passou a subir após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre, que cresceu em ritmo anual de 3,2 por cento, em linha com as expectativas, e diante da abertura das bolsas norte-americanas no azul. Na máxima, o Ibovespa registrou valorização de 1%.

A queda dos papéis da Vale e a divulgação de que as vendas pendentes de moradias norte-americanas caíram 8,7 por cento em dezembro, levaram o índice para o território negativo. O índice ainda ensaiou uma recuperação antes de fechar em queda. "Hoje, 90 por cento da bolsa é giro, operações de gente que não compra para carregar posição. Qualquer coisa que acontece e é considerada ruim faz todo mundo sair vendendo, quando é boa faz sair comprando. A bolsa não está com rumo definido", afirmou Santos, da H.Commcor.

As ações da Fibria registraram a terceira maior queda do Ibovespa, depois de a fabricante de celulose divulgar prejuízo líquido de 185 milhões de reais no quarto trimestre, atingida pelo efeito da variação cambial sobre a dívida líquida e pela adesão ao Refis. Os bancos Bradesco e Santander Brasil também fecharam no vermelho após divulgarem seus números trimestrais.