A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu ao menor nível em quase um ano nesta quarta-feira (15), dia de vencimento de contratos futuros sobre Ibovespa, em meio à profunda crise socioeconômica na Grécia.

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O Ibovespa recuou 0,97% e fechou aos 61.603 pontos, menor patamar de fechamento desde o dia 5 de julho de 2010, quando encerrou aos 60.865 pontos.

Depois de vários pregões com baixo volume de negócios, no pregão desta quarta o giro financeiro atingiu R$ 14,85 bilhões, devido ao exercício de opções.

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Com a queda desta quarta, a desvalorização do principal índice do mercado acionário brasileiro no ano chega a 11,1%.

As ações tidas como "defensivas" - por ter uma receita menos vulnerável a crises econômicas e por serem boas pagadoras de dividendos - foram praticamente as únicas que subiram em meio à corrida dos investidores por ativos mais seguros.

No setor elétrico, Copel subiu 1,12%, a R$ 40,45, e Light avançou 0,86%, a R$ 28,25. Entre as empresas de telecomunicações, Telesp PN avançou 1,74%, a R$ 44,50.

No resto do mercado, predominaram as vendas. Com a maior liquidez, Vale PNA caiu 0,55%, a R$ 43,27, e Petrobras 1,27%, a R$ 23,30.

A raiz da preocupação foi mais uma vez a crise da dívida na Grécia. Em meio a uma greve geral contra as duras medidas fiscais, o primeiro-ministro do país se dispôs a renunciar e abrir caminho para um governo de unidade nacional. O país beira a moratória da dívida pública e aguarda uma extensão da ajuda financeira internacional, ainda não definida.

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Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones, Standard & Poor's 500 e Nasdaq recuaram mais de 1%.

"Pode ter dado início a um movimento de 'risk-off' nos mercados. As bolsas internacionais perdem força, e sinais de fluxo de recursos para fundos mais conservadores surgem nas estatísticas agregadas", afirmou a Lerosa Corretora, em relatório semanal.

Segundo dados da BM&FBovespa, os estrangeiros já retiraram do mercado à vista R$ 843 milhões este mês até o dia 13.